Em entrevista à Revista CARAS, Tati Machado reflete sobre a fama e assegura que quer ser inspiração para o público que a acompanha
Ela é onipresente. Quando acordamos, vemos Tati Machado (33) nos globais Mais Você e Encontro. Se ligamos no GNT, lá está ela no Saia Justa. Para completar, este ano, ela ainda participou do The Masked Singer e venceu a Dança dos Famosos. Ufa! Parece que foi ontem, mas lá se vão mais de dez anos dedicados ao universo dos famosos, do qual ela agora faz parte.
"Lido bem com a fama, não abdiquei de nada. É uma forma de reconhecimento, só quero mais!", festeja Tati Machado, em papo com CARAS, direto de São Paulo, sua nova casa ao lado do eleito, Bruno Monteiro. Empolgada diante de tantas oportunidades, Tati reflete sobre autoestima e pertencimento e comemora o carinho do público.
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Imaginava chegar até aqui?
Sou uma sonhadora. Sou privilegiada por poder sonhar e mais ainda por conseguir realizar esses sonhos. Tenho imaginação muito fértil, mas não tenho 100% de confiança em mim. Em algum momento, já me imaginei nesse lugar que estou hoje. Vou agarrando as oportunidades. Eu tenho estalos. É como se estivesse me assistindo de fora, vendo um filme da minha própria vida. Isso faz com que eu não me paralise e fique com meu pé bem fincado no chão.
Como você dá conta de fazer tanto ao mesmo tempo?
Vou tão no automático que, de repente, já dei conta. Mas nem sempre rola, às vezes, durmo sem tomar banho! Quando fazemos algo com amor, parece que o tempo vai mais devagar para nos ajudar. As coisas profissionais só acontecem porque eu tenho um marido em casa que me ajuda demais. Você ter alguém que joga junto com você facilita muito.
Como carioca, já se adaptou a São Paulo? Sente falta do Rio?
Sinto falta do Rio, mas São Paulo me acolheu. Me deu muitas oportunidades. Sinto falta da família, dos amigos, da praia, do cheiro da maresia. Sinto saudade de casa. Logo que cheguei, fui conhecer melhor a 25 de Março e já zerei todos os shoppings!
E como é ser reconhecida nesses locais?
Eu paro e tiro foto com todo mundo! As pessoas na rua que assistem ao que eu faço é que me dão oportunidade de estar ali. Nada melhor do que ter essa troca. Quando gente da minha idade me encontra, sempre dizem que a mãe ou a avó me amam. A galera mais velha para, abraça, quer tricotar. Não deixo de fazer nada. Eu lido bem com a fama, não abdiquei de nada porque as pessoas me reconhecem. É uma forma de reconhecimento, só quero mais!
Existe algo assustador na fama e na exposição?
A vida é impactada. Saio com a minha família e me param. Fico sem graça, mas eles amam, minha mãe fica toda feliz! Todo mundo quer saber um pouco da sua vida. Não sou alguém que mostra o dia a dia nas redes sociais. O público respeita isso.
Qual ideia errada esse público pode ter de você por conta dessa ascensão meteórica?
Lembro que logo que comecei a aparecer bastante na TV, as pessoas começaram a pesquisar de quem eu era filha. Já vi um comentário querendo dizer que eu era esposa de alguém da Globo. As pessoas têm essas confusões. Pensam que aconteceu tudo tão rápido, mas eu trabalho na Globo desde 2012, nos bastidores, entrevistando famosos, ficando na porta dos camarins oito horas por dia. Só aproveitei as oportunidades.
Como é dar coro ao movimento body positive? Como é sua relação com o seu corpo?
Demorei a entender que inspirava pessoas nesse lugar, que elas se sentiam representadas por mim. A gente quer se ver na tela. Quando comecei a aparecer na TV, estava me entendendo como mulher gorda. Estava absorvendo todas as informações e me inspirando em outras pessoas. Fico feliz em ser uma voz ativa nisso. Esse é o meu propósito. É o nosso corpo, são as nossas escolhas. Precisamos aprender que não comentamos sobre o corpo do outro, que somos muito mais do que vemos no espelho. Essas mensagens também valem para mim, para eu lembrar disso todo dia. Fico feliz de inspirar outras pessoas a seguirem seus sonhos e saber que são capazes. Eu faço um exercício real de olhar para mim e pensar que esse corpo conta a minha história. Se eu optar de fazer qualquer coisa por ele, que eu consiga fazer de forma madura e não por pressão alheia.
Como é trabalhar ao lado de grandes ícones como Eliana e Ana Maria Braga?
As duas são muito acolhedoras. A química com a Ana é a mais pura e verdadeira. Ela me acolheu como uma filha. Tenho orgulho de estar com ela diariamente. Eu achava que a Eliana era legal, mas ela foi melhor ainda! Ela é engraçada e é uma ótima ouvinte. Ela te olha no olho, presta atenção. Sou feliz com as pessoas que trabalho.
Quais lições carrega por estar no Saia Justa?
Eu tenho sede de aprender. O programa não tem como objetivo ensinar nada, mas aprendemos com troca de experiências. Poder estar ali naquele sofá com as três me engrandece. A gente faz o exercício da empatia, da sororidade. Já teve momentos que chorei, que gargalhei, que só escutei. Essa liberdade é o que quero na vida.
Como acredita que seria um programa só eu?
Sempre me perguntam isso! Eu gosto de papear, de dar boas risadas, de televisão... Eu gosto de gente! Um programa com gente. Eu vivo muito o hoje. A gente prospecta um futuro, mas viver o agora me deixa com o pé no chão. E eu gosto muito do que estou vivendo atualmente.
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