Em entrevista à Revista CARAS, Jaffar Bambirra, sucesso em Mania de Você, também fala sobre o namoro com a atriz Gabz, com quem dividiu cena na novela da Globo
Ele não é da Disney, mas também é chamado de príncipe. Depois do sucesso como Iberê na global Mania de Você, Jaffar Bambirra (27) colhe frutos do sucesso e vê o apelido da novela ser levado para a vida real. E assim como nos contos de fada, a história do ator passa por altos e baixos, mas ele segue incansável em busca de seu final feliz.
Filho da atriz, diretora, produtora e professora Nadia Bambirra, ele perdeu a mãe em agosto de 2024 e, um mês depois, já estava de pé e de cabeça erguida, estreando a novela. Além do maior reconhecimento na carreira, a trama lhe trouxe um amor: a atriz Gabz (25), com quem dividiu a cena na novela.
Em papo exclusivo com CARAS na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro, o artista refletiu sobre a nova fase de conquistas.
– Você já fez outras novelas, mas o Iberê foi uma transformação em sua vida?
– Sinto isso, sim, principalmente em termos de novela. Todos os personagens que fiz foram legais e
sou muito feliz com todos eles, mas o Iberê realmente me deu um destaque muito grande, em números, em reconhecimento nas ruas, em tudo. Novela das 9 é uma loucura, muita gente vê! Quando
soube que iria fazer o Iberê, eu ainda não sabia nada dele, mas já sabia que tinha muita coisa para
trabalhar, que ele poderia cativar as pessoas, porque era cheio de camadas. Tinha um feeling que seria
um personagem diferente e foi.
– Ele era movido pela ambição. Você é um cara ambicioso?
– Ambição não é uma palavra que eu daria para mim. Eu tenho muitos objetivos e coisas que quero conquistar, mas eu acho que a ambição faz você se desviar do seu caráter e das suas motivações primárias. Sou muito correto com meus princípios, com as coisas que penso e acho que a ambição extrapola esses limites.
– No início da trama, o público começou a confundir suas cenas com o Chay, como se dois amigos não pudessem trocar carinhos...
– Eu canso de ver amigos que têm uma relação entre si de carinho, de afeto, e isso não define o gênero ou a orientação sexual dessa pessoa. Acho que isso é muito importante, principalmente para nós, homens, que nos prendemos muito. É entender que tudo bem você dar um abraço. Acho muito interessante que isso se torne um debate de forma espontânea, porque foi uma coisa que a
gente foi construindo naturalmente. É engraçado como as pessoas gostam e, ao mesmo tempo, algumas ainda são muito conservadoras e criticam. Uma troca de carinho entre amigas é tão comum. Por que o homem tem que sempre se prender a isso? Mas é aquilo, tem gente que acredita que homem
não chora, mas isso só faz mal no final das contas.
– Você se permite sentir?
– Eu tento ao máximo. Como a gente é criado dessa forma, ainda tem lugares que pegam, mas a terapia ajuda. Tenho um grupo de amigos que a gente se fala todo dia, chora junto, se abraça quando precisa. Isso é um trabalho que a gente tem que ter com os nossos amigos, de ir se abrindo mesmo, se permitindo. É natural que todos nós sejamos assim, mas a gente pode se quebrar e se transformar.
É importante fazer isso.
– Você está vivendo uma fase ótima na carreira, que veio depois de um momento supertriste na vida pessoal, que foi a perda da sua mãe. Como conseguiu conciliar a dor do luto com o trabalho na TV?
– Quando minha mãe ficou doente eu estava gravando a série Dias Perfeitos. Acabando esse trabalho,
eu já tinha passado para Mania de Você e minha mãe foi piorando. Eu fui me preparando, tive muito diálogo com ela, consegui falar muitas coisas. E aí aconteceu... estava no início da novela e eu permiti que a dor viesse. O trabalho não deixa de ser também um lugar que me ajuda e me conecta com a minha mãe, porque era o trabalho dela também. Então, estar trabalhando me faz estar em contato com
ela de alguma forma. Mas também não dá para jogar só no trabalho, nos momentos que eu estive sozinho e consegui sentir aquilo tudo e continuo sentindo. É um processo para a vida, a partir do momento que isso acontece tudo muda, é outra pessoa.
– E no meio disso tudo você encontrou um amor, a Gabz!
– Exatamente. Ela foi também uma grande parceira nesse momento. A gente se conheceu bem no início da novela e nunca mais se desgrudou. A gente é muito parceiro um do outro, temos uma relação muito bonita, de carinho, amor e reciprocidade. Quando ela está mal, estou lá com ela, quando eu estou mal,
ela está comigo e isso é a coisa mais importante. Ela foi um grande achado, um dos presentes dessa novela.
– Além de ator, você também é cantor. Como está essa sua faceta musical?
– Tem personagens que me fizeram conseguir conciliar pra caramba essas duas áreas, cantei em cena. Ao mesmo tempo, o trabalho como ator me demanda muito tempo, então, às vezes, demora mais para eu conseguir gravar alguma música, para lançar. Eu não me cobro de ser algo corrido, porque como o meu lado ator está num momento bom, quero lançar minhas coisas com calma e com a certeza de que é aquilo mesmo que quero fazer. Porque sinto que, como ator, a gente é instrumento de uma obra conjunta. E, como músico, por mais que seja conjunto, como eu sou um músico solo, é o meu nome
que está ali, é o que eu quero apresentar para o mundo. Então, quero que seja algo com muita verdade minha e ter esse tempo é importante para compor, para ver o que quero lançar. Eu não tenho a necessidade de que os dois lados sejam tão grandes, mas como artista tenho necessidades que passam pela música. Eu preciso, sim, lançar músicas e estar no palco é algo que me dá prazer. Não me vejo em algum momento da vida parando, vou estar sempre mantendo isso em paralelo.
Leia também:Gabz faz linda declaração no aniversário de Jaffar Bambirra: 'Movimenta tudo em mim'
Ver essa foto no Instagram