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Em carta aberta, Sally Field defende filho gay e critica organizações homofóbicas

Sally Field revela que o filho mais novo é homossexual, conta como foi vê-lo se aceitar e pede para que os pais de filhos gays ajudem a defender a causa LGBT

CARAS Digital Publicado em 01/04/2014, às 08h56 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Sally Field e o filho Sam - Getty Images
Sally Field e o filho Sam - Getty Images

A atriz americana Sally Field, vencedora de dois Oscar e indicada aos principais prêmios de Hollywood, escreveu uma carta aberta anunciando que irá lutar pela causa LGBT em parceria com a organização Human Rights Campaign. No texto, ela revela que seu filho caçula é homossexual e questiona as intenções de organizações homofóbicas que tentam privar os direitos de cidadãos gays nos Estados Unidos.

“As três coisas de que tenho mais orgulho na minha vida são meus filhos, Peter, Eli e Sam. Eles são gentis, amáveis e produtivos. Cada um tem seu próprio talento e habilidade. Sam é meu filho mais novo e ele é gay. Sobre isso, eu digo: e daí?”, começa Sally, na carta.

“Enquanto crescia, Sam queria desesperadamente ser como seus irmãos mais velhos – atléticos, descomedidos e até um pouco ‘macho’. Ele queria vencer Eli no tênis, derrubar Peter no futebol de computador e aprender tudo sobre cada posição de jogador de basquete. Mas Sam era diferente. E a jornada dele para permiti-lo ser o que a natureza queria que ele fosse não foi fácil. Quando o vi sofrendo, queria pular para ajudá-lo. Mas seus irmãos mais velhos me seguraram. Eles me disseram que eu não poderia seguir essa estrada por Sam. Era a estrada dele, não minha. Tive que esperar até ele dominar ele mesmo no seu tempo”, conta a atriz.

Sally diz que tentou se fazer visível ao lado do filho durante este processo de aceitação. “Claramente o amando, sempre estando lá e sempre deixando ele saber disso”, afirma.

“Finalmente, aos 20 anos, bem depois dele vencer os irmãos no tênis e nos jogos de computadores e saber tanto sobre basquete como todos, Sam estava pronto para levantar e dizer com orgulho: ‘Eu sou gay’”, lembra. “Um dos privilégios da minha vida foi poder ter participado da jornada de Sam”.

Então, a atriz critica as organizações e os políticos dos Estados Unidos que tentam aprovar um projeto de lei que permite pessoas negarem socorro ou ajuda médica a outras pessoas por ‘diferenças religiosas’.

“Há pessoas lá fora – organizações, políticos, estranhos que nunca conheceram Sam – que preferem se dedicar a negar a felicidade dele”, diz Sally. “Por que alguém quer proibir meu filho – ou filho ou filha de alguém – de ter direitos básicos de segurança ou de saúde, de direitos de segurança social, ou seguro de vida? Não faz sentido – mas isso não vai mudar até as pessoas começarem a falar”, diz.

Sally encerra a carta pedindo para que pais ou os avós de homossexuais, “ou apenas pessoas com convicções fortes sobre o que é justo e direito”, defendam os direitos iguais para a causa LGBT.