Priscila Fantin lembra do diagnóstico de depressão crônica e conta que levou um tempo para compreender os sintomas, embora os sentisse desde jovem
Publicado em 21/06/2024, às 07h47
A atriz Priscila Fantin pode ser vista na pele da protagonista Serena na novela Alma Gêmea (2005), que está no ar na Globo. Quando gravou o trabalho, ela tinha apenas 22 anos e já enfrentava um desafio pessoal: uma depressão crônica, que foi diagnosticada alguns anos depois.
"Aos 26 anos, tive o diagnóstico de fato, mas, hoje, sei como a depressão age no nosso organismo, na nossa cabeça e no nosso comportamento. Posso dizer que já carregava uma tristeza profunda desde uns 19 anos", contou a artista em entrevista ao portal O Globo.
Ela conta que levou um tempo para compreender os sintomas da doença, embora os sentisse desde nova. Segundo ela, quem sofre com esse transtorno cumpre suas obrigações sem aproveitar os momentos descontraídos. As atividades perdem o prazer, sendo realizadas quase que de forma automática.
"A depressão ocorre por deficiências de neurotransmissores e de produção de determinadas substâncias no meu organismo. Tenho sempre que estar cuidando. Existem manobras para me manter saudável, mas ela pode se instalar de novo. É sempre uma relação intensa com a minha condição. Tento lidar com o maior carinho, cuidado, paciência e respeito comigo mesma. Senão, fica pesado demais", desabafou.
A atriz acredita que, se tivesse tido acesso a informações sobre depressão quando era mais jovem, poderia ter identificado os sinais e iniciado o tratamento mais cedo, evitando chegar ao ponto mais crítico da doença.
"A depressão nunca afetou meu trabalho. Não houve consequência para a minha interpretação e para a vida das personagens. Em Alma Gêmea, não tinha o diagnóstico, o peso de saber e o tratamento. Mas a Serena, por si só, já é um antidepressivo. Vivenciar as minhas personagens é um antídoto", analisou a atriz, que viveu o par romântico de Eduardo Moscovis na trama de Walcyr Carrasco.
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