Em entrevista exclusiva à Revista Caras, Luiza Brunet endossou torcida pela filha no BBB24 e refletiu sobre fé e luta na sua trajetória
Brasília e Luiza Brunet (61) se conhecem desde 1980, ano em que ela pisou pela primeira vez na capital federal. Na época, Luiza despontava como umas das grandes modelos do País e hipnotizava a todos com sua beleza e, diga-se de passagem, ainda hipnotiza! Nascia, ali, uma espécie de amor recíproco e à primeira vista, que continuou vivo ao longo das últimas décadas e ganhou novos contornos. Se antes as viagens ao Planalto Central ligavam-se ao glamour dos eventos, hoje, no papel de ativista, quando desembarca na cidade o motivo é mais do que nobre: usar sua voz para defender os direitos das mulheres.
Na agenda, compromissos como palestras no Ministério Público e no Senado Federal, além de encontros com autoridades e políticos endossam a força de Luiza no assunto. “Aqui é onde tudo acontece, novas leis, novas políticas públicas. E a sociedade civil sabe que precisa se movimentar para
que tudo isso ocorra de forma tranquila e justa. Esta é parte da minha luta”, diz ela, que aproveitou o rasante pela capital para visitar símbolos da democracia e para endossar a torcida pela filha, Yasmin Brunet (35), que abraçou o desafio de entrar para a casa mais vigiada do Brasil, o BBB24. “Tenho certeza de que a passagem dela no BBB será ncrível. A CARAS conhece a Yasmin desde a edição de número 1. Ela é linda, simples e inteligente”, disparou.
Determinada, Luiza sempre foi protagonista de sua história e nunca deixou ninguém apagar sua luz. Tanto que, em 2016, após entrar para as tristes estatísticas de violência doméstica, ela não pensou duas vezes: denunciou o ex-companheiro e transformou dor em luta. “O importante é nunca desistir, e sim lutar por um mundo mais justo para as mulheres”, destaca ela, cujo processo corre em segredo de justiça. Ao passar em frente ao prédio do Ministério da Justiça, ela parou e refletiu. “Aqui não é apenas uma bela obra arquitetônica, mas um lugar onde a lei tem que ser respeitada”, diz a empresária e modelo.
A próxima parada foi no Palácio do Itamaraty, um dos ícones da arquitetura do gênio Oscar Niemeyer (1907-2012). Ao subir a famosa escada helicoidal, Luiza fez uma viagem ao passado e se lembrou do fato histórico que marcou o local. Foi ali que a princesa Diana (1961-1997) participou pela última vez, em viagem ao exterior, de uma grande recepção ao lado do então príncipe, o hoje rei Charles III (75). Na volta para Londres, o casamento real desmoronou.
“Triste lembrança deve ter sido para ela”, comenta Luiza, que assim como a eterna Princesa de Gales se declara uma mulher sensível. “Essas coisas me tocam, pois sou uma mulher movida pela paixão, uma mulher que ainda espera viver um grande amor e que tem certeza de que ele chegará”, afirma ela.
Por falar em amor, este amor não estaria em Brasília? “Apesar dos comentários, afirmo que não. Aqui tenho grandes amigos, inclusive, no circuito da política e de autoridades”, explica a diva, negando rumores de que teria um affaire na capital federal. Romântica assumida, mas com o coração exigente, Luiza tem usado a experiência e a maturidade a seu favor. Hoje, além de ser uma voz na luta pelos direitos das mulheres, ela ainda encontra tempo para apreciar os pequenos detalhes da vida e ficou encantada ao ver algumas vitórias-régias no jardim aquático do Itamaraty. “É a flor-símbolo do Amazonas, das mais lindas que existem no mundo, é incrível vê-las aqui em Brasília em pleno Centro-Oeste”, fala ela, bisneta de amazonense.
Mulher de fé, que respeita todas as religiões, sonha e luta por um mundo melhor, especialmente para as mulheres, Luiza fez questão de ir à Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. “Um lugar de preces tão perto do lugar onde leis são criadas, que é o Congresso Nacional. São as forças se encontrando”, analisa ela, animada com o ano que se inicia. “Quero continuar alcançando mais mulheres para que possam ter uma vida melhor do que tive. Passei por muitas coisas e é possível ter uma vida tranquila e respeitosa, sem passar por violência. Para este ano, espero muita luta, mas muito avanço também”, resume ela.
FOTOS: LINCOLN IFF; AGRADECIMENTOS: AGILITÁ, FEDRA E SKAF