Em Turks e Caicos, a atriz Juliana Silveira estreita laços e reflete trajetória nas telas
Praias de tirar o fôlego, paisagens exuberantes e um mar que hipnotiza até o mais exigente dos turistas. Foi mergulhada nessa atmosfera que Juliana Silveira (42) desembarcou nas paradisíacas ilhas Turks e Caicos, território transoceânico britânico a sudeste das Bahamas, para temporada de descanso ao lado do amado, João Vergara, e do filho, Bento (11). O destino já estava no roteiro da família faz tempo e serviu não apenas como palco de memórias inesquecíveis, mas também como momento de troca afetiva e reflexão. “Amamos viajar só os três. Acho importante ter esse tempo em família, 24 horas por dia. Muda o cenário, muda a dinâmica, saímos da rotina e isso fortalece os laços de amor”, fala a atriz, mãe dedicada e coruja. “Essa convivência mais intensa te permite um outro olhar sobre seu filho e vice-versa. Bento está na pré-adolescência e é muito interessante observar como amadureceu em algumas questões, mas ainda precisa da nossa companhia e apoio para outras coisas”, diz ela, de férias da TV aberta desde o fim de Apocalipse, da RecordTV.
– Já conhecia o destino?
– Em 2013, planejamos férias no México e depois iríamos para Turks e Caicos, mas Bento pegou uma virose fortíssima em Cozumel. Ele estava com 2 anos e achei que seria loucura levá-lo para uma ilha naquele estado. Acabamos ficando por Miami para que ele estabilizasse. O destino ficou na cabeça e, depois desse tempo de pandemia, queríamos um lugar em que todos pudessem se divertir e descansar.
– O que mais vocês gostaram?
– Conheci o destino por meio de amigos que já tinham ido até Turks e Caicos e não tem como você não se apaixonar pelas águas de lá, com aquele azul incrível. Eles têm a terceira maior barreira de coral do mundo, por isso, a água é calma, não tem ondas, é do jeito que gosto.
– Existem hábitos ou rotinas familiares de que não abrem mão?
– Acho que o momento das férias serve para você sair da rotina e mergulhar na cultura do lugar que você está visitando. Muda o fuso horário, muda a alimentação, não malho quando estou viajando... Bento fica longe do videogame e diminui bastante o tempo de tela. Ficamos em contato com a natureza, pé na areia, sem se preocupar com horários, trabalhos, entregas... Nós criamos novos hábitos de acordo com o destino que estamos conhecendo.
– As fotos da viagem só comprovam que o tempo é seu aliado. Como lida com a vaidade?
– Eu gosto do que a passagem do tempo fez e faz comigo. Já em relação à estética, eu sou muito mais conservadora, pelo menos é o que minha dermatologista diz. Não gosto de tratamentos definitivos, não tenho vontade de mudar nada na minha aparência. Nunca tive vontade de fazer plástica ou uma lipo. Curto as tecnologias, os lasers, faço botox, gosto do ácido hialurônico e do resultado dos bioestimuladores de colágeno. Meu corpo não é perfeito, mas eu acho lindo! Sou grata a tudo que esse corpo me proporciona, a vitalidade, saúde, isso que importa. Sou do time que acha que envelhecer é sorte e quero viver a vida com qualidade. O lance é não se comparar com ninguém e investir em autoconhecimento. Prestar atenção aos seus desejos e ao que você sente para poder ter a liberdade de escolher os tratamentos sendo fiel à sua essência. Acho que beleza e bem-estar vem dessa conexão com você mesma.
– Segue alguma rotina de skincare? Quais os seus cuidados com o corpo e a saúde física?
– Aprendi a gostar de malhar. Faço musculação três vezes por semana e amo a aula de bike. Saio de lá com a endorfina nas alturas. Brinco que não há Rivotril melhor do que suar! (risos). Faz bem para a saúde mental também, não é só estética. O corpo foi feito se movimentar, você só precisa encontrar o esporte ou atividade que te dá prazer. Quanto à pele, tenho meus rituais matinal e noturno de skincare. Se puder escolher um produto para cuidar da pele e usar diariamente, o protetor solar com cor genderfluid é essencial.
– Saúde mental também é uma preocupação no dia a dia?
– Passamos por momentos intensos na pandemia e todo mundo sofreu com o distanciamento, o estudo remoto e o medo da morte. Acho importante criar um ambiente de confiança onde as crianças possam expressar o que sentem. Fazemos meditação guiada em família e temos um bom diálogo com Bento. Estar perto da natureza, passear com o cachorro, tomar sol, caminhar descalça na grama e dormir bem são hábitos que ajudam no equilíbrio emocional.
– Recentemente, você disse ter sofrido abuso. Como lida com o que aconteceu no passado?
– Faço terapia toda semana. Trabalho desde os meus 13 anos de idade em televisão. O mercado de trabalho mudou bastante e está mais saudável graças às mulheres que não se calaram e lutaram pelo nosso direito de trabalhar em paz e em segurança. Demorei para ter um episódio de abuso, mas acredito que o ambiente era tóxico e isso era normalizado. Tinha grito, comparação, competição, pressão, desrespeito. Você vai aprendendo a lidar com isso e começa a achar normal passar por situações que, hoje, sei que não estavam certas e que não eram saudáveis. Sempre soube me defender muito bem e as coisas nuncas evoluíram para uma agressão maior, o que não quer dizer que eu não tenha sofrido. Acho extremamente fundamental construir um ambiente de bastante confiança quando você trabalha com arte, criatividade.
– Você mudaria algo?
– Não mudaria nada. Quando olho para a minha trajetória, tenho carinho pela menina corajosa, criativa e focada que me trouxe até aqui. Sempre amei trabalhar. Erros ou escolhas que não se mostraram tão boas ficaram como ensinamentos e me fizeram mais forte.
– Quais os próximos projetos?
– Tenho vontade de produzir uma série e uma peça de teatro. Já temos o argumento e é uma história para toda a família. Existem pessoas que admiro no audiovisual e com quem quero trabalhar junto. Não sou nostálgica, gosto de estar inserida nesses novos movimentos. Eu me divirto nas redes sociais e
mostro meu lado mais engraçado. Eu gosto de entender como as ferramentas funcionam É muito enriquecedor criar relações, mesmo que sejam virtuais.