“Um arame farpado fere o horizonte.” Jorge Luis Borges (1899-1986), escritor argentino.
“Nossos filhos tão felizes.../ Fiéis herdeiros do medo,/ eles povoam a cidade./ Depois da cidade, o mundo./ Depois do mundo, as estrelas,/ dançando o baile do medo.” Carlos Drummond deAndrade (1902-1987), poeta mineiro.
“O urbanismo praticado hoje é antes de mais nada estético — embelezamento, jardinagem. É como construir bonitos castelos de areia, enquanto a casa está pegando fogo.” Le Corbusier (1887-1965), arquiteto e urbanista francês.
“O inferno é uma cidade como Londres,/ uma cidade com muita gente e muita fumaça.” Percy Bysshe Shelley (1792-1822), poeta e escritor inglês.
“Vivemos num tempo em que a civilização corre o risco de morrer por meio da civilização.” Friedrich Nietzsche (1844-1900), filósofo alemão.
“Eu penso que o riso acabou— porque a humanidade entristeceu. E entristeceu por causa de sua imensa civilização.” Eça de Queiroz (1845-1900), escritor português, autor de Os Maias.
“Onde quer que os homens civilizados tenham pela primeira vez aparecido, eles foram vistos pelos nativos como demônios, fantasmas, espectros. Nunca como homens vivos! Eis aí uma intuição inigualável, um insight profético, se é que algum já chegou a ser feito.” Emil Cioran (1911-1995), escritor romeno.
“Vejo-me exposto à rígida violência,/ Mas folgo e canto, e durmo nos teus braços,/ Amiga da Razão, pura Inocência.” Manuel Maria de Barbosa l’Hedois du Bocage (1765-1805), mais
conhecido apenas como Bocage, poeta português.
“Tudo fala na natureza para quem tem ouvidos: não há movimento, ação, atrito ou resistência sem algum sonido.” Mariano da Fonseca, marquês de Maricá (1773-1848), político carioca.
“— As árvores, meu filho, não têm alma!/ E esta árvore me serve de empecilho.../ É preciso cortá-la, pois, meu filho,/ Para que eu tenha uma velhice calma!/— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!/ Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!/ Deus pôs almas nos cedros... no junquilho.../ Esta árvore, meu pai, possui minh’alma!” Augusto dos Anjos (1884-1914), poeta paraibano, que tinha como personagem constante em seus poemas um pé de tamarindo.
“A coisa mais civilizada do mundo é uma bela árvore.” Millôr Fernandes (1923-2012), desenhista, dramaturgo, humorista e tradutor carioca.
“Nunca o olho ávido dirá, assim como não o dizem jamais o mar e o inferno: a mim basta.” Mateo Alemán (1547-cerca de 1614), escritor espanhol.
“Enriqueces; e daí? Quando morreres, a riqueza por acaso/ te seguirá ao te arrastarem para o túmulo?/ No juntá-la gastaste o teu tempo de vida; não poderias/ pagar por ela preço mais exorbitante.” Paladas de Alexandria (século IV), poeta grego, em tradução assinada pelo poeta paulista José Paulo Paes (1923-1998).
“O dia de hoje me importa,/ Pois quem conhece o amanhã?” Anacreonte (582-485 a.C.), poeta grego de cuja obra ficaram apenas fragmentos.
“Fabrico uma alegria/ que é de ver as coisas/ como se só agora/ é que nascesse/ a aurora.” Emílio Moura (1902-1971), poeta mineiro.
“Somos feitos para nos entender, somos feitos para o amor.” Jacques Prévert (1900-1977), poeta e roteirista de cinema francês.