Charles Fricks defende a importância de dar visibilidade para a causa LGBTQIAPN+
O ator Charles Fricks, que interpreta o Ademir na novela Terra e Paixão, da Globo, abriu o jogo sobre sua sexualidade. Em entrevista na Revista CARAS, ele assumiu que é bissexual e falou sobre a importância de defender as causas LGBTQIAPN+.
"Eu nem me sinto tanto ativista, mas acho que a gente viveu nos últimos anos momentos tão difíceis, que senti necessidade de falar. É uma coisa que eu tinha dificuldade até alguns anos atrás, de falar sobre a minha sexualidade. Não é à toa que, pouco antes do outro governo assumir, em 2018, teve um aumento de 40% nos casamentos e uniões estáveis do mesmo sexo. Não foi coincidência, as pessoas estavam com medo", disse ele.
Então, ele comentou sobre o quanto é importante falar sobre a causa da comunidade para gerar identificação e conscientização. "Não acho que tem obrigação de se colocar assim, mas vendo os holofotes que um artista tem quando está no ar, em evidência, acho importante poder falar sobre o assunto pra levantar essas questões e mostrar que está tudo bem. Porque a gente viu muita coisa ruim acontecendo e sendo falada nos últimos anos, muito preconceito, até pastores tendo falas homofóbicas, transfóbicas, então, acho importante quando tem uma pessoa falando sobre isso, acho que pode ajudar pessoas que se sentem mal por serem gays, não binárias, trans e isso tem que acabar. Muita gente sofre por causa de pessoas que falam coisas horrorosas, seja um pastor ou um presidente, e isso mata. Então, é importante falar para normalizar, porque é normal!", finalizou. Confira a entrevista completa aqui.
O ator Amaury Lorenzo é um sucesso na TV ao interpretar o personagem Ramiro na novela Terra e Paixão, da Globo. Agora, ele foi questionado sobre a sua orientação sexual e abriu o jogo sobre como se sente com este assunto.
Em entrevista ao Jornal Extra, o artista contou como se define. "Eu me considero um homem LGBTQIA+. Pode ser que daqui a pouco eu me case com outro homem, cis ou trans, com uma mulher, cis ou trans... Eu sei que o público tem curiosidade de saber sobre a minha sexualidade. Não tenho problema com relação a isso. A única questão é quando o assunto fica acima do meu trabalho como ator", disse ele.
Então, ele contou que já viu de perto o preconceito com seus amigos. "Sou professor de teatro e tive três alunos assassinados por serem LGBTQIA+. Um foi morto pelo pai. Acolhi um amigo em casa que foi espancado por estar ficando com outro homem na rua. Já recebi ex-alunos expulsos por pais evangélicos, por serem gays. Como eu posso não estar nessa luta? Vamos participar de uma Parada LGBTQIA+ no dia 29 (em Madureira). Me convidaram pra ser o rei, mas posso trocar com o Diego e ser a rainha", declarou.