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Realeza / Especial CARAS

Rainha Elizabeth II foi uma verdadeira celebridade pop

Com status de estrela, Rainha Elizabeth II dialoga com a política, as artes e a fé

CARAS Digital Publicado em 08/09/2022, às 16h49

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Rainha Elizabeth II - Foto: Getty Images
Rainha Elizabeth II - Foto: Getty Images

Liderar não foi a única característica nata de Elizabeth II (95). Ao longo de seus 70 anos de reinado, a rainha provou ser uma exímia relações públicas, seja no papel de anfitriã ou de convidada. Nobres, autoridades políticas e religiosas, artistas, esportistas e estudiosos, não importa a nacionalidade ou a área, todas as personalidades que já se encontraram com a monarca são unânimes em dizer: a
cordialidade da soberana é ponto alto de qualquer evento, fazendo da rainha uma verdadeira celebridade pop. “Todos são nossos vizinhos, não importa qual raça, credo ou cor”, já disse ela, que aderiu às redes sociais e divide sua rotina na Coroa com mais de 10 milhões de seguidores.

E o que a diferenciava de uma estrela de Hollywood? A rainha não podia dar autógrafos, não fazia selfies e passava longe das entrevistas e dos paparazzi. Governadora suprema da igreja da Inglaterra, a rainha sempre demonstrou extremo respeito por todas as religiões e crenças. Não à toa, encontros com líderes de outras igrejas é uma constante. Só com papas foram sete ocasiões: o primeiro em 1951, com Pio XII (1876–1958), e o mais recente com Francisco (85), ambos no Vaticano. Na reunião com o argentino, aliás, Elizabeth cometeu uma gafe nada britânica: chegou cerca de 20 minutos atrasada. “Desculpe fazê-lo esperar, nós estávamos almoçando com o presidente”, justificou ela, que presenteou o pontífice com cesta recheada de produtos feitos no Palácio de Buckingham. Mel e um uísque estavam entre os mimos.

Neutralidade é outra característica que sempre permeou as ações de Elizabeth, afinal, sua condição de monarca a impede de manifestar opiniões políticas. Tanto que, apesar de poder votar, segue convenções e se abstém de ir às urnas. “Por convenção, a rainha não vota nem se candidata às eleições, no entanto, sua majestade tem importantes papéis cerimoniais e formais em relação ao governo do Reino Unido”, explica o palácio. Isso, no entanto, não a impede de mostrar seu fascínio e interesse pelo universo político, que nasceu logo nos primeiros anos de reinado, quando semanalmente tinha reuniões com o primeiro-ministro inglês Winston Churchill (1874–1965). Ao longo das últimas sete décadas, a soberana se encontrou com dezenas de presidentes, como os americanos Richard Nixon (1913–1994), Bill Clinton (75), George W. Bush (75), Barack Obama (60) e, mais recentemente, Donald Trump (75). E o Brasil não fica de fora. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (76) e sua Marisa Letícia (1950–2017) foram recebidos com banquete pela rainha e o príncipe Philip (1921–2021). Vale lembrar que, em 1968, a soberana esteve em solo verde e amarelo para visita de 12 dias, passando por Recife, Salvador, Brasília, São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro.

A política ainda lhe rendeu algumas amizades. A mais célebre delas foi com o ex-presidente e líder sul-africano, Nelson Mandela (1918–2013). Nos encontros entre eles, Mandela a chamava apenas de Elizabeth, tratamento restrito a poucos familiares. E ela retribuía chamando o amigo de Nelson. A cada reunião, independente da nacionalidade, um tema sempre se manteve em comum: a paz. “As lições do processo de paz são claras; seja qual for a vida que jogar em nós, nossas respostas individuais serão ainda mais fortes por trabalharmos juntos”, costuma falar. Sendo uma excelente ‘diplomata’ e sem função política, Elizabeth II deu origem à expressão popular ‘rainha da Inglaterra’, atribuída às pessoas que ocupam um alto cargo, mas não têm poderes. “Tenho certeza que minha coroação não é o símbolo de um poder e um esplendor que se foram, mas uma declaração de nossas esperanças para o futuro, e pelos anos que eu possa, pela graça e misericórdia de Deus, ser dada para reinar e servi-lo como a sua rainha”, justificou a majestade.

Astros e estrelas de Hollywood também não deixaram de fazer suas reverências à rainha. O eterno
beatle Paul McCartney (79), por exemplo, sempre teve relação estreita com os Windsor e recebeu o
título de Cavaleiro do Império Britânico, o que lhe dá o direito de ser chamado de sir. “Para toda
nossa geração, ela era uma jovem mulher assumindo uma enorme responsabilidade. Ela parecia muito humana e estávamos certos. Todos nós sentimos muito orgulho dela. Ela é fabulosa”, elogiou Paul, fiel defensor da família real e das tradições monárquicas.

De rainha para rainha — a do pop e a da Inglaterra —, o encontro entre Madonna (63) e Eli zabeth fez a diva ficar com o coração acelerado. “Fiquei nervosa! É a rainha!”, falou Madonna, apresentada à monarca durante a estreia do longa 007 – Um Novo Dia Para Morrer, em Londres. Pessoas próximas da majestade já afirmaram que ela é uma fã confessa do agente secreto James Bond. E a confirmação veio em 2012, durante a Olimpíada de Londres, quando ela teve dia de atriz e gravou uma inusitada esquete com Daniel Craig (54), no melhor estilo 007. “Boa noite, sr. Bond”, dizia a rainha em seu texto. De Buckingham, eles seguiram para um helicóptero e desembarcaram no estádio olímpico, onde a soberana abriu oficialmente os Jogos de verão.

Condecorar personalidades por seus feitos é constante na rotina. Para Angelina Jolie (46), por exemplo, ela abriu exceção ao conceder a uma não britânica o título de Dama Coman dante de São Miguel e São Jorge, pelos esforços no combate à violência sexual contra a mulher. “Ela é uma senhora amável, que se importa com o futuro e quer que seus netos sejam capazes de correr por aí aproveitando a natureza e saibam da importância das outras culturas”, definiu Jolie, que, assim como uma legião de estrelas, se inspira na rainha.