Viegas conversa com a CARAS Digital sobre o medley, o álbum 'Conexão' e o período que passou em realitys
Com mais de 15 anos de carreira, Viegas (37) está com um novo projeto!
O cantor, que participou do BBB 18 e do No Limite 5, está trabalhando no álbum Conexão, que contém as músicas -já lançadas- Pra Voar e Posso Ser.
E, nesta quarta-feira, 23, ele liberou o medley que fez dos dois singles. Acompanhado de violão e piano, o pot-pourri foi gravado ao vivo, apresentando uma versão orgânica das canções.
Em entrevista exclusiva com a CARAS Digital, o músico falou sobre o lançamento, deu spoilers do novo álbum e revelou o quanto o tempo que passou em reality shows influenciou em sua vida.
No começo da conversa, ele admitiu que não só a junção das duas músicas como o Conexão inteiro está surgindo com muita naturalidade: “Sem eu pensar sobre isso essas músicas foram feitas através de vivências que eu tive. Não foi pensado e discutido com a equipe, não foi uma ação de marketing. Simplesmente aconteceu”.
“A gente naturalmente pensou em lançar Pra Voar, que era uma música ali que pelo cronograma seria a que a gente acreditava naquele momento e tudo mais, lançar perto do No Limite, depois a Posso Ser, com participação do Maneva, que foi muito legal, mas coincidentemente elas aconteceram nessa ordem”, explicou em seguida.
Com apenas essas duas canções já lançadas, o álbum vai trazer oito faixas e promete parcerias surpreendentes. Apesar de não revelar os nomes dos outros artistas convidados, Viegas contou um pouco sobre como foi o processo de escolhê-los.
“Cada música que eu começava a escrever, chegava num ponto que parava e falava: ‘agora não é mais comigo, eu preciso de outra pessoa que tem que ser uma voz assim, uma voz assada’, aí eu pensava: ‘nossa, Fulano! Caramba. tem que ser fulano’”, disse.
“É muito louco porque cada uma dessas participações, se elas falassem pra mim: ‘eu não posso, não dá’, eu não sei quem eu chamaria. As músicas não foram feitas assim de uma forma pensada com Fulano porque ele está ‘hypado’, foram pessoas que eu sentia que a minha arte conectava com aquela arte e precisava daquela voz, daquela visão sobre a música, pessoas que eu admirava e inclusive é muito legal também porque algumas pessoas eu não conhecia”, falou o paulista.
Por conta da pandemia, Viegas pontuou que chegou até a realizar as parcerias sem nem se encontrar com a pessoa. Uma -que ele também não revelou o nome- gravou sua parte pelo celular mesmo. “Algumas pessoas que eu tive oportunidade de mostrar essa faixa como ela ficou, ninguém percebeu, ninguém questionou isso. Ficou numa qualidade muito legal, numa proposta muito legal”, falou.
Apesar de as expectativas para o lançamento serem grandes, ele fez questão de pontuar que se sente satisfeito por conseguir transmitir seus sentimentos através da música. O pai de Marina (8) revelou que está em uma fase super tranquila em sua vida e transparece isso no álbum. “Eu acho que hoje a gente vive em um momento muito pesado de tudo, é política, é o preconceito, a desigualdade social… Tantas coisas que, se você for se atentar a isso, é difícil você sorrir. A gente fala sobre mudar o mundo, e às vezes isso parece tão distante porque o mundo é muito grande”, chegou a comentar.
“Foi muito bom”, respondeu ao ser questionado sobre o quanto sua participação no Big Brother impactou em sua trajetória na música. “Eu tinha músicas que, por exemplo, tinham dez mil visualizações no YouTube e quando eu saí fui pra dois milhões. Esse número era algo legal, mas eu ficava pensando: ‘espera aí, deixa eu ver o que que as pessoas estão falando porque não adianta nada ter virado meme ou alguma coisa desse tipo’ e quando eu fui ver os comentários, não consegui ler nenhum negativo”.
“Eram vários comentários do tipo: ‘cara, eu não sabia que ele fazia um som’, ‘ele manda muito bem’, ‘pô, tomara que ele estoure aqui fora’, tudo coisas assim. E, de um público de Big Brother, que muitas vezes tem o lance de torcidas e de haters meio pesado. Mas, não, pelo contrário, eu recebi muito carinho, então isso foi muito positivo”, contou Viegas.
Ele ainda não escreveu nenhuma canção sobre o período que passou confinado em nenhum dos programas, mas não descarta a possibilidade. “Ainda não tive tempo suficiente pra ver tudo e converter isso em versos e melodias”, admitiu.
Para concluir, o cantor escolheu as palavras ‘paz’, ‘respeito’ e ‘amor’ para descrever o projeto. “São sentimentos que, pra mim, são muito importantes e que talvez naquele momento que eu estava ali compondo e hoje o que eu venho vivenciando tem mais a ver com o meu trabalho e com a minha vida. Então, de alguma forma, eu acho que essas três palavras assim estão bem inseridas no trabalho”, garantiu.