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Música / LUTA DIÁRIA

Kevin O Chris supera obstáculos após 10 anos de carreira: ‘De pé e com a cabeça erguida’

Em entrevista à CARAS Brasil, o funkeiro Kevin O Chris, que acaba de lançar o EP Manda pra Elas, relembra início da carreira e supera obstáculos após 10 anos de trajetória

Thaíse Ramos
por Thaíse Ramos

Publicado em 26/10/2024, às 07h00

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O funkeiro Kevin O Chris acaba de lançar o novo EP Manda pra Elas - Divulgação
O funkeiro Kevin O Chris acaba de lançar o novo EP Manda pra Elas - Divulgação

O funkeiro Kevin o Chris (26) lançou na última sexta-feira, 25, o EP Manda pra Elas. Em entrevista à CARAS Brasil, o cantor – que ficou conhecido por todo o País após o sucesso da música Evoluiu – fala do novo trabalho, relembra o início da carreira no funk, aos 14 anos, comenta críticas nas redes sociais e supera obstáculos após dez anos de trajetória. "De pé e com a cabeça erguida", diz.

Em novembro, Kevin comemora 10 anos de carreira. Além de fechar, em 2024, uma década de trajetória, ele celebra outras realizações. Uma delas, foi se apresentar no Rock in Rio como atração principal do Espaço Favela. “O menino de (Duque de) Caxias (na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro) não imaginava chegar tão longe. Mas graças a Deus e ao funk, venho mudando minha história e a dos meus”, festeja.

“Muita emoção levar meu som ao Rock In Rio! Ser um dos representantes ali, em um dos maiores festivais do mundo, é bizarro. Isso representa que o funk está ganhando seu espaço, e isso muda vidas; não só a minha, mas de muitos jovens, como da galera da minha equipe, que veio de comunidade, que lutou muito por um trabalho digno e esteve também em um dos maiores palcos do País representando o funk carioca”, completa.

Questionado se sonhava cantar no Rock in Rio um dia ou se achava que seria algo impossível, Kevin pontua: “Era uma parada muito distante da minha realidade, mas com o tempo, vendo o festival abraçar novos artistas, comecei a acreditar. Graças a Papai do céu, a gente fez aquela festa bonita lá”.

Em 2020, ele foi o primeiro funkeiro a alcançar 1 bilhão de streamings no Spotify. Atualmente, é um dos artistas brasileiros mais ouvidos na plataforma de música, acumulando mais de 15 milhões de ouvintes mensais. "Isso é uma honra e uma responsa! É sinal que a galera curte o que faço. Estarei sempre levantando a bandeira do funk. Deus abriu essas portas para mim e eu estou abrindo para os manos que vieram do mesmo lugar e que sonham em ser funkeiros também”, destaca.  

Sobre o novo EP, o artista destaca: “É para a galera dançar e se divertir. Estou trazendo umas misturas maneiras para a batida do funk. Fazer música é a minha parada, e me sinto mais realizado quando as vejo na pista e a galera curtindo. O hit é aquele funk carioca raiz, bem Kevin O Chris (risos)”.

INÍCIO NO FUNK

Aos 12 anos, Kevin de Oliveira se interessou pela música e começou a tocar bateria na igreja que frequentava. A paixão pelo funk veio aos 14, quando conheceu uma disputa de MC's e decidiu estudar mais o ritmo. “Decidi seguir o funk quando ouvi DJ Selminho pela primeira vez no celular de um amigo, em 2013. Fiquei de cara, sabia que precisava aprender”, conta.

“Lembro de começar a mexer em programas de produção, assistindo vídeo-aulas e chamando MCs da minha rua pra produzir junto. E assim fui crescendo. Quando vi, já estava cantando, escrevendo e produzindo minhas próprias músicas, e de vários artistas referências no funk”, continua o funkeiro.

Ele diz que a família sempre o apoiou. “Eles viram minha paixão pela música e me incentivaram a seguir em frente, mesmo quando os desafios apareciam. Eles e Deus!”, fala Kavin, acrescentando que o início foi muito difícil. “O caminho não é fácil, mas com fé e força de vontade a gente chega lá. Cada dificuldade só me deixou mais forte para seguir meu sonho”, frisa.

Kevin possui dois diamantes triplos (com os hits Faz um Vuk Vuk e Tá OK), um disco de diamante duplo (com Medley da Gaiola), dois discos de platina (Sensacional e Que Rabão), um disco de platina duplo (Ela é do Tipo, em parceria com Drake), um disco de platina triplo (Halls na Língua - Remix) e um disco de ouro (Romance Proibido).

Aos 10 anos de carreira, Kevin O Chris ainda lamenta obstáculos: ‘De pé e com a cabeça erguida’
Kevin O Chris possui dois diamantes triplos, com os hits Faz um Vuk Vuk e Tá OK - Foto: Divulgação

OBSTÁCULO E CRÍTICAS

Segundo o cantor, os obstáculos ainda persistem. “Não tem jeito, né? Sempre vão existir, mas me mantenho de pé e com a cabeça erguida, fazendo nosso trabalho, que Deus recompensa”, salienta o artista, que envia uma mensagem de carinho e motivação para o Kevin de 12 anos, quando começou a sonhar com a música. "Eu diria pra ele acreditar nos sonhos dele, mesmo que pareçam distantes. Que ele deve se manter firme e nunca deixar nada e nem ninguém abalar sua vontade de fazer música”, exalta.

Sobre críticas nas redes sociais, o funkeiro não costuma se abater. “Faz parte do jogo. O importante é seguir fazendo o que amo para aqueles que curtem meu trampo”, declara ele, finalizando sobre projetos que estão por vir. “Estou sempre em estúdio criando e produzindo coisas novas. Ainda em 2024 vai ter muita coisa nova na pista”, diz.

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