Globo será a primeira emissora a estrear sua própria versão do reality show israelense. Ivete Sangalo, Fábio Jr. e Dinho Ouro Preto são os jurados, mas o público é quem manda neste novo formato
Depois do enorme sucesso que se tornou o The Voice Brasil, a Globo voltou a tomar gosto pelas competições musicais que haviam sumido da programação do canal com a extinção do Fama, em 2005. A emissora carioca agora sai na frente no mercado internacional e estreia a primeira versão do reality show Rising Star, exibido apenas em Israel e que chegará ao Brasil com o nome de SuperStar.
Rising Star estreou no ano passado em Israel, com formato criado pela produtora Keshet DCP. Com apenas duas semanas no ar, um canal francês já tinha comprado o formato. Depois foi a vez de Portugal, Itália, Rússia, Hungria, Alemanha e dos Estados Unidos adquirirem os direitos para produzirem o programa. Porém, a Globo será a primeira a estrear sua própria versão da competição – nos Estados Unidos, onde a ABC detém os direitos, o reality deve estrear só em novembro.
O programa quebrou o recorde de reality show mais vendido em menos tempo. Ao todo, 25 países já compraram o formato. Por que tanto sucesso?
Alon Shtruzman, director da Keshet, acredita que Rising Star reinventou os realities shows musicais pelo simples fato de tirar a importância dos jurados. “Shows de talento não são mais lugares para os jurados”, afirmou ele em entrevista à Variety. “Agora é o público quem manda”, disse.
Rising Star é hoje a principal ameaça aos formatos já consagrados e cansados, como o American Idol, que passou por uma reforma neste ano para tentar recuperar a audiência perdida na televisão americana; o X Factor, que foi cancelado nos EUA e tenta se reerguer no Reino Unido; e o próprio The Voice, que já está na sexta temporada americana e até agora não conseguiu lançar nenhum grande astro da música.
SuperStar
Com direção de Boninho, também responsável pelo The Voice Brasil, o novo reality show estreia dia 6 de abril. Os apresentadores serão Fernanda Lima e André Marques, com Ivete Sangalo, Dinho Ouro Preto e Fábio Jr. como jurados.
Como funciona?
Diferente da versão israelense, onde cantores podem se apresentar sozinhos, o SuperStar só irá focar em bandas – até porque a Globo já tem o The Voice para os artistas em carreira solo. A dinâmica é simples: um grupo começa a cantar no palco, cercado por uma parede. A plateia e os jurados assistem à performance do grupo, mas os integrantes não veem nada além de um painel de votação.
Os jurados votam se a parede deve subir ou não, porém, os votos de Ivete, Dinho e Fábio não valerão quase nada – cada um representa apenas 7% dos votos. A parede só sobe se o público em casa também aprovar a banda concorrente por meio de um aplicativo. Caso a aprovação supere os 70%, a ‘mágica’ acontece e a banda finalmente pode ver a plateia.
Os grupos aprovados vão para a fase de duelos, depois de solos, a semifinal e então chegam à grande final. Quem vencer leva um contrato com uma gravadora e mais R$ 500 mil.
Assista aos vídeos da versão original do programa: