O craque do FLU e da seleção brasileira revela sua intimidade com a única filha
Oatacante que virou ídolo do Fluminense e da Seleção Brasileira com coragem, carisma e muitos gols, usa a linguagem dos boleiros para falar sobre a única pessoa no mundo capaz de fazê-lo “pipocar”: Geovanna, uma garotinha de sete anos. “Quem manda na minha vida é ela. Me faz tremer na base”, admite Fred (29), com docilidade jamais vista por qualquer zagueiro, ao falar sobre a filha, que mora em Belo Horizonte, com
exclusividade a CARAS. Separado há cinco anos da mãe da menina, a modelo mineira Amanda Goecking, o craque revela que sofre com a distância física. “Me sinto mal. Já fiz de tudo para trazê-las para o Rio, mas minha ex-esposa não tem amigos aqui. Entendo”, desabafa. Por causa da agenda de compromissos, pai e filha só conseguem ficar no máximo dois dias juntos a cada encontro. Com isso, a saudade de ambos é enorme. “Geo só dorme comigo, mesmo tendo o quartinho dela. Separação é difícil para os pais e muito mais para a criança”, avalia o jogador, cuidadoso com o emocional da garota. Apesar de ser flagrado constantemente em belas companhias, Fred conta que é criterioso e até hoje só apresentou uma namorada para a filha. “Não coloco qualquer pessoa na minha casa, tem de ser séria, tenho de conhecê-la a fundo”, ressalta ele, atualmente solteiro. Assumidamente romântico, o camisa 9 conta que cultiva ainda o sonho de casar-se pela segunda vez e ter mais filhos: “Quero um time de futebol.”
– Geovanna é ciumenta?
– Muito. Ela se dava bem com a namorada que tive, mas na hora de andar de mãos dadas, estava sempre do meu lado. Nas últimas férias, teve uma noite em que saí para o aniversário de um amigo. Uma hora da manhã ela me mandou uma mensagem: ‘Você quer que eu fique acordada até que horas?’ Me impressionei com o que escreveu e voltei logo para casa. Eu também era assim com o meu pai, Juarez, ele era mulherengo. Minha mãe faleceu quando eu tinha sete anos.
– E você tem ciúmes dela?
– Sou bem ciumento, ela é o meu diamante. Vou ficar no pé dela, mesmo já percebendo o quanto é uma garota tranquila.
– Sua filha já pediu para voltar com a mãe dela?
– Já e deve pedir ainda mais para a minha ex-mulher, que provavelmente sofre também. O ideal seria estar junto, mas como casamos jovens, enfrentamos algumas barreiras, imaturidade mesmo, acabou não dando certo. Mas é uma grande mulher, mãe e, hoje, amiga.
– Como consegue acompanhar a rotina da sua filha?
– Ela me cobra isso. Festa junina, por exemplo, não tenho como ir. A mãe dela filma e me manda. Faço comentários, preciso estar um pouco presente, o mínimo. Me esforço para levá-la ou buscá-la na escola. Mas terminou me vetando porque as crianças ficam me assediando, zoando ela...
– Geo gosta de algum jogador?
– Do Neymar.
– Quando ela vem ao Rio, necessita de ajuda para cuidá-la?
– Sempre tive uma babá e minha irmã. Mas faço tudo direitinho, só não cozinho.
– Conta história para dormir?
– Ela está na fase de filme. Já vi várias vezes Alice no País das Maravilhas, Barbie, Cinderela...
– Qual semelhança destacaria dela com você?
– O sorriso. Também tem o meu jeito alegre.
– Fez alguma loucura pela Geo?
– Quando joguei no Lyon, na França, a via pouco. Não gostava de me despedir dela, porque chorávamos muito. Teve um dia em que ela me pediu para não jogar mais fora. Aquilo mexeu comigo e resolvi sair. O clube, para tentar me segurar, queria renovar o meu contrato por mais cinco anos, mas não era feliz. Geo me fez voltar, foi um passo atrás na carreira. Mas graças a Deus encontrei um clube, o Fluminense, que me acolheu
e me valorizou.
– Muitos homens sonham com um filho menino. É o seu caso?
– Lógico. Queremos um moleque para fazer bagunça. É diferente ter uma menina, uma mocinha vaidosa que até manda trocar a sua camisa se não gostar. Mas está tranquilo, ainda continuo com o sonho de ter quatro,
cinco filhos. Só preciso me casar e ficar de boa.
– Ao contrário de muitos jogadores, não engravidou várias mulheres. É ajuizado?
– Sou cuidadoso, tem de ser, não é? É muito ruim criar uma criança de pais separados. O casal tem de tentar viver junto, como nós fizemos, mas não deu... Não quero mais ficar longe de ninguém.