Cantora Rita Lee contou sobre o que a convenceu a tratar câncer de pulmão em sua biografia
A cantora Rita Lee deixou diversas confissões em sua autobiografia, incluindo uma sobre não querer tratar o câncer de pulmão assim que o descobriu.
Na obra "Rita Lee: Outra Biografia", a cantora, que faleceu em 8 de maio, aos 75 anos, contou que considerou a eutanásia ao descobrir a doença."Disse a ele (médico) que minha vida tinha sido maravilhosa e, que por mim tomava o ‘chazinho da meia-noite’ para ir desta para melhor. Que me deixassem fazer uma passagem digna, sem dor, rápida e consciente. Queria estar atenta para logo recomeçar meu caminho em outra dimensão. Sou totalmente favorável à eutanásia. Morrer com dignidade é preciso", escreveu Rita.
Apesar de não querer realizar os tratamentos agressivos contra o câncer, ela acabou mudando de ideia por conta dos filhos e marido, que a convenceram a lutar. A rejeição à quimioterapia e radioterapia vinha do trauma de ver a mãe, Romilda Jones, sofrendo com os colaterais das substâncias.
"Contei [ao chefe da área de oncologia do hospital] do trauma que ficou em mim por ter visto sofrimento da minha mãe fazendo esses dois procedimentos quando teve câncer. (...) O amor dos boys Carvalho/Lee me fez optar por aceitar fazer o tratamento, porque, se fosse por mim, adeus mundo cruel na boa".
Manu Gavassi(30) comentou sobre um trecho em que Rita Lee (1947 - 2023) a cita e se emocionou ao contar a curiosidade nas redes sociais.
"A arte é muito f***. Essas palavras da Rita para a nova geração me emocionaram tanto... É sobre se encontrar e não ter medo. Não é nem uma escolha, é uma missão. É sobre palavra, usá-las a favor da verdade, da rebeldia, do amor, do questionamento. Ir contra o que é esperado, aceito e fácil", começou.
Depois, Manu falou sobre sua admiração por Rita. "Cara, que f*** poder ter vivido no mesmo período de alguém tão inspiradora. Que f*** saber que pude te homenagear em vida e que você sabe a sua importância para todas nós", agradeceu.