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Bem-estar e Saúde / ESPECIALISTA

Médico explica câncer de Preta Gil: 'Traz preocupação para a equipe médica'

Em entrevista à CARAS Brasil, oncologista explica câncer diagnosticado em Preta Gil e detalha processo para combater a doença

Paulo Henrique Lima
por Paulo Henrique Lima
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Publicado em 06/10/2024, às 12h10 - Atualizado em 08/10/2024, às 10h00

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Preta Gil retomou tratamento contra câncer em agosto - Foto: Reprodução/Instagram
Preta Gil retomou tratamento contra câncer em agosto - Foto: Reprodução/Instagram

Preta Gil (50) enfrenta uma batalha contra um câncer no intestino diagnosticado em 2023. A cantora anunciou cura em dezembro do mesmo ano, mas a doença voltou oito meses depois e em quatro locais do corpo: dois linfonodos, uma metástase no peritônio e um nódulo no ureter.

Em entrevista à CARAS Bem-Estar e Saúde, o oncologista Jorge Abissamra afirma que a apresentadora tem encorajado outros pacientes a levar informação e incentivar cuidados contra a doença. O especialista destaca que, de acordo com informações que foram divulgadas pela famosa e pela imprensa, o câncer diagnosticado na artista é comum, porém agressivo.

"Ela quebrou paradigmas quando ela foi, se expôs e mostrou o que ela estava sentindo, o que ela estava sofrendo, ela encorajou muitos pacientes, principalmente pela bolsa de colostomia. Eu não sei detalhes da doença dela, mas provavelmente ela deve ter um adenocarcinoma de colon de intestino, que é a doença mais comum do trato gastrointestinal e que é uma doença agressiva como outras também do trato gastrointestinal, mas a doença mais comum, mais habitual", explica. 

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Abissamra ressalta que apesar de agressiva, existem casos da mesma doença que causam menos impacto no paciente. A situação da cantora parece um pouco mais complicada, uma vez que a doença retornou e em quatro locais diferentes do corpo. 

"Depende muito de cada caso. A doença da Preta Gil, segundo as informações que a gente teve, que ela nos passou [por redes sociais ou imprensa], é uma doença que preocupa um pouco mais, porque ela foi para outros sítios, ela foi para outros locais. Ela saiu ali do intestino, que foi, segundo a Preta, para o linfonodo, algumas vezes no peritônio, e outras no ureter. E aí, como ela saiu daquele local inicial, de fato é uma doença que traz uma preocupação pra equipe médica. Não é o mesmo tratamento, até porque o tratamento que ela teve anteriormente, acabou não surtindo o resultado esperado, porque a doença voltou. Então, muito provavelmente, a equipe que está cuidando dela, que é uma equipe muito capacitada, vai escolher outras drogas para tratar ela a partir de agora", opina. 

O médico explica o caso da Preta: "Quando a doença volta, ela recidivou. Não importa exatamente aonde. A gente sabe que da Preta foi nos linfonodos. Pra quem não sabe, linfonodo, na linguagem popular, é a íngua. Linfonodo é um local onde tem a maturação da célula de defesa. Por exemplo, quando a gente está com uma dor de garganta, e aí aparece uma bolinha aqui no pescoço, parece uma ingoazinha. Porque aquele local é um local onde as células de defesa aprendem a lutar contra a doença, e elas saem pra corrente sanguínea pra combater a doença. No câncer é a mesma coisa. O problema é que geralmente elas perdem esse combate."

"Os linfonodos, as ínguas, são locais geralmente de recidivas, onde a doença, um dos primeiros lugares que a doença aparece, ou reaparece. Porque a gente sabe que o organismo vai tentar combater ali a célula tumoral. Ele segura aquela doença por um período, mas em um momento ele perde esse combate, e aquele linfonodo aumenta de tamanho, porque ali há um conglomerado de células tumorais. Então, basicamente, o linfonodo é isso. Ele já existe, só que ele cresce de tamanho porque é um conglomerado de células tumorais ali. E do linfonodo ele vai para outros lugares. A Preta disse que foi para o peritônio, que é uma membrana que reveste a cavidade abdominal. É uma membrana bem fina que reveste a cavidade abdominal. O ureter, que é um local entre o rim e a bexiga, ela tinha dito peritônio, ureter e linfonodo. Existem três locais. Então, a doença foi para esses sítios e é claro que ela precisa agora de tratamento e um cuidado médico muito especializado", conclui.