Em entrevista à CARAS Brasil, o ator e apresentador Otaviano Costa fala sobre os desafios da paternidade e confessa seus maiores medos como pai zeloso
O apresentador e ator Otaviano Costa (51) é muito apegado às filhas Giulia (25) e Olívia (13) e faz questão de ser muito presente na vida das duas. Na última terça-feira, 1º, por exemplo, ele aproveitou a companhia da caçula e foi conferir com ela a pré-estreia do filme Tudo por um Pop Star 2, no Rio de Janeiro. Em entrevista à CARAS Brasil, o marido da atriz Flávia Alessandra (50) fala sobre os desafios da paternidade e confessa um de seus maiores medos como pai zeloso. "Do lado ruim do digital", diz.
Para o artista, o grande desafio da era moderna é o equilíbrio entre a vida digital e a vida real. “Quero que as minhas meninas, assim como a Giulia e a Olívia – especialmente agora, com 13 anos – sejam inseridas no mundo digital. Não quero que ela perca a sua atualização de software; para poder não só ganhar informações, mas atualização do que acontece pelo mundo afora e consumir conteúdos relevantes, legais, divertidos e leves. Que ela possa também interagir com amiguinhos da escola, colegas que a gente conheça”, destaca o apresentador.
“A gente ainda está protegendo a Olivia em termos de rede social, por exemplo. Ela não tem uma rede aberta, porque a gente quer que ela fique numa redoma ainda de proteção. A gente sabe que quando você vai para uma vida pública, vamos chamar assim na rede social, você está suscetível a uma série de questões, série de comentários, uma série de olhares e assim por diante”, continua o artista.
Otaviano deixa claro que vê a necessidade das filhas viverem o mundo real e que não se limitem apenas ao digital. “A gente quer muito que a Olivia fique inserida nesse mundo, mas, ao mesmo tempo, assim como a Giulia, a gente quer que ela não troque o digital pelo real, ou seja, eu quero que ela viva o real. Viva o mundo que está aqui fora, em que ela pise com os pés no chão, que ela brinque na areia com a gente, que ela ande a cavalo, que ela vá jogar vôlei”, salienta.
“Eu não quero que ela troque a tela pela vida que está ali, diante dos seus olhos, sabe? E é isso que eu acho que é o grande desafio. Há um equilíbrio aqui em casa, por exemplo (...) Não tem uma reunião à mesa – que seja para um café da manhã, um almoço, jantar etc. e tal – que tenha celular ligado. Todo mundo desliga para que a gente fique olho no olho. Acho que esse é o nosso grande desafio, o equilíbrio entre esses mundos”, emenda.
MAIORES MEDOS
Questionado sobre seus maiores medos como pai zeloso, Otaviano pontua: “Acho que além dos medos táteis, vamos chamar assim, que são meio óbvios que todos os pais do Brasil vivem – insegurança gigantesca, violência, assalto, roubo por causa de um celular e de um tênis – tem a questão também do trânsito, de atravessar uma rua; está tudo muito violento. A gente também fica, além de outras coisas, obviamente, com medo do lado ruim do digital”.
O apresentador continua: “Do lado ruim que portas são abertas para universos, em que elas, talvez, não estejam preparada para viver e enfrentar; até de ser uma figura pública na rede social. A gente fica com medo que a saúde mental das nossas filhas seja afetada por esse mundo que você escancara e fica suscetível a tudo, a todos, para o bem e para o mal. Então, acho que o maior medo talvez é o conjunto disso, dessa violência real, desse mundo real que está aqui fora, que não está nada fácil, e das coisas que batem na porta da sua tela".
De acordo com Otaviano, a única forma que encontra para proteger, principalmente a filha mais nova, é blindá-la ao máximo. “Por isso ela não tem rede social pública aberta ainda”, ressalta. “Por fim, talvez eu tenha um outro medo – nem é medo, é mais uma ansiedade, uma expectativa. Quero que ela seja feliz naquilo que ela vai escolher como profissão. A gente sempre vai apoiá-la e o que ela quiser fazer, a gente vai estar atrás dela, apoiando sempre. Talvez seja mais um anseio sobre a sua carreira, sobre o que ela vai escolher para ser feliz”, finaliza o artista.