CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil
Bem-estar e Saúde / PÓS-PARTO

Médica explica caso de Nadja Haddad após nascimento do filho: ‘Somente com cirurgia’

Em entrevista à CARAS Brasil, a cirurgiã plástica Heloise Manfrim ressalta o que é preciso fazer para tratar condição da apresentadora Nadja Haddad

Dra. Heloise Manfrim
por Dra. Heloise Manfrim

Publicado em 13/04/2025, às 15h55

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Nadja Haddad, apresentadora do Bake Off Brasil, do SBT - Foto: Reprodução/Instagram
Nadja Haddad, apresentadora do Bake Off Brasil, do SBT - Foto: Reprodução/Instagram

Nadja Haddad (44) precisou realizar um procedimento para corrigir duas alterações consequentes da sua gravidez, descobertas após o nascimento do filho, no ano passado. A apresentadora do Bake Off Brasil, do SBT, foi diagnosticada com diástase abdominal e hérnia umbilical. Em entrevista à CARAS Brasil, a cirurgiã plástica Heloise Manfrim explica o caso da famosa e ressalta o que é preciso fazer para tratar a condição.

A gravidez provoca uma distensão de todas as camadas do abdômen, informa a médica. A pele sofre distensão e, muitas vezes, não retorna à situação inicial, o que chamamos de flacidez. “No abdômen existem músculos separados por uma membrana no centro, verticalmente, que também se distende, afastando os músculos da linha média e também muitas vezes não retorna à situação inicial, chamamos este afastamento de diástase dos retos abdominais”, diz Heloise.

“Embora os exercícios regulares ajudem, o tratamento definitivo é feito somente com cirurgia. É realizada uma técnica cirúrgica chamada plicatura com a intenção de remodelar o abdômen e corrigir a flacidez muscular, aproximando os músculos da linha média. Se há flacidez de pele acima do umbigo, a cicatriz umbilical fica no mesmo lugar, é feita incisão ao redor do umbigo, e depois de tracionada toda a pele para baixo abre-se um ‘buraquinho” para recolocar o umbigo, como se fosse uma casa de botão”, emenda a médica.

Segundo a cirurgiã, o umbigo, então, é preservado exatamente no mesmo lugar de antes. “Se não há muita flacidez supraumbilical, uma cicatriz menor é feita na pele, na altura da cicatriz de cesárea, não é feita cicatriz ao redor do umbigo, ele é descolado com a pele e gordura; o descolamento da pele é o mesmo, mas é feita a sutura dos músculos na linha média e o umbigo é colocado no mesmo lugar”, salienta. “É o que chamamos de miniabdominoplastia”, completa a especialista.

Ou seja, em casos com pequena flacidez, é possível fazer a miniabdominoplastia com cicatriz menor na altura da cesariana. “Se há muita flacidez é necessária uma abdominoplastia clássica, com cicatriz maior, correção da diástase de retos”, explica Heloise, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Uma das técnicas atuais é a Abdominoplastia HD RAFT, que vai além da retirada de pele e gordura. “Com a técnica RAFT (Rectus Abdominal Fat Transfer), conseguimos reconstruir a parede abdominal, realçar a linha média e os músculos, e deixar o abdômen com aspecto firme, plano e definido. Ela é ideal para quem busca um abdômen tonificado e natural, principalmente após gestação ou grandes perdas de peso”, informa a médica.

“O sucesso do procedimento também depende do pós-operatório. Os cuidados incluem evitar tração excessiva na região, seguir as orientações médicas para limpeza e cicatrização e manter o acompanhamento regular com o cirurgião. Em alguns casos, pequenas correções podem ser necessárias após a recuperação total”, acrescenta Heloise.

A apresentadora Nadja Haddad teve filhos gêmeos, José e Antônio, em 2024. O bebê Antônio faleceu com poucas semanas de vida, e José ficou alguns meses na UTI Neonatal, mas já está em casa com a família. Durante sua recuperação do pós-parto, ela descobriu a diástase e a hérnia em uma consulta médica e decidiu procurar um cirurgião para resolver a questão antes que se tornasse uma complicação de saúde.

Leia também:Médica alerta sobre caso de Nadja Haddad: ‘Pode levar a complicações mais sérias’