Em Ushuaia, atriz diz como encara a fama e comemora desafio na TV
As mágicas paisagens de Ushuaia, na Argentina, foram o cenário eleito por Amanda de Godoi (23) para celebrar seu mais novo desafio: dar vida à portuguesa Felícia, na próxima trama global das 6, Tempo de Amar. “Estou vivendo a melhor época da minha vida. Estou no emprego dos meus sonhos”, festeja a mineira, dona de personalidade forte. “Tenho várias pessoas que me inspiram, mas eu quero ser uma nova alguém. Quero ser eu, Amanda de Godoi”, avisa a atriz, que já atuou em duas temporadas de Malhação.
Fã de neve, ela aproveitou o tour — um convite de CARAS e da Agência Brasileiros em Ushuaia — para renovar as energias, ver pinguins e esquiar. “Adoro o frio. Ele me deixa mais introspectiva e me faz refletir”, explica ela, encantada com a atmosfera do “fim do mundo”, como é conhecida a cidade mais austral do planeta.
Discreta e com maturidade que impressiona, Amanda se esforça para colocar limites bem definidos entre sua vida pessoal e pública. “Estar no meio artístico faz com que surja a curiosidade das pessoas sobre certos assuntos, o que, para mim, é difícil. Então, procuro me reservar”, frisa ela, que segue à risca sua filosofia quando o assunto é o coração. “Não sou de me expor, nem de postar nas redes sociais se estou namorando ou se estou solteira”, afirma.
– Esta discrição se deve ao seu lado mineiro?
– Meu jeito mineiro explica muito! Eu preciso ter uma coisa que é só minha.
– Como é a Amanda mulher?
– As pessoas acham que quem trabalha com TV tem que dar dicas de como ser feliz, mas tenho momentos felizes e tristes. Enganase quem acredita neste espelho tão raso da fama, pois somos seres humanos iguais a todo mundo e também temos nossos momentos de frustração. Aliás, trabalhar na TV é um grande exercício de frustração. Você vê uma cena ruim e, rapidamente, ela já entrou em 98% das casas brasileiras.
– Sonha em casar, ter filhos...
– Queria casar e ter filhos cedo, ter tudo muito organizado e planejado, mas minha vida deu várias voltas em todos os sentidos e mudei de ideia. Não vou casar nem ter filhos agora, quero continuar sendo jovem e viver esta fase.
– Tem um lado espiritual?
– Sou um caldeirão de particularidades. Sou devota de Nossa Senhora das Graças, mas gosto de descobrir as coisas e acho uma ignorância tremenda julgar a religião do outro, afinal, todas falam da mesma coisa, que é o amor. Estamos aqui para evoluir, aprender com nossos erros e respeitar o próximo.
– Por falar em respeito, como vê a violência no Rio?
– Estamos vivendo um Estado falido, um País em crise e com problemas. E é tão surreal pensar que existe um lugar sem violência como Ushuaia, parece que estamos no paraíso.