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TV / APÓS 25 ANOS

Thereza Falcão encerra contrato com a Globo com tranquilidade: ‘Sem frustração’

Saída de Thereza Falcão, autora de 'Elas por Elas', confirma novo modus operandi da Globo e dá brecha para um respiro após 25 anos de trabalho

Arthur Pazin
por Arthur Pazin
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Publicado em 20/05/2024, às 12h02

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Thereza Falcão foi autora principal em três novelas da Globo - Daryan Dornelles/Divulgação
Thereza Falcão foi autora principal em três novelas da Globo - Daryan Dornelles/Divulgação

Thereza Falcão encerrou seu contrato a Globo com tranquilidade. Por lá, a autora do remake de Elas por Elas (2023) chegou em 1999, quando já acumulava pelo menos 10 anos de trajetória no teatro carioca, incluindo sua formação na área na Universidade do Rio de Janeiro.

De lá para cá, a escritora transitou do infantil ao humor, do histórico ao contemporâneo e integrou equipes de séries, especiais, programas e novelas, gênero que a consagrou desde meados dos anos 2000.

Em entrevista à CARAS Brasil, nesta segunda, 20, Thereza atribui o fim de sua relação fixa com a emissora carioca ao novo formato da Vênus Platinada. “É uma realidade nos últimos anos. Acho que é o modus operandi do streaming que a TV está incorporando”, explica.

De acordo com a autora, o último contrato – de apenas um ano e meio – já dava sinais da situação, principalmente por já ter acontecido “com muita gente boa”, entre elas Maria Adelaide Amaral (81), Elizabeth Jhinn (75) e Alcides Nogueira (74), outros novelistas da casa. “É uma modificação mesmo, mas pra mim está tudo OK, eu também quis”, justifica.

‘Feliz de coração’

Os 25 anos de Rede Globo foram um período muito feliz da vida de Thereza Falcão. Ela mesmo quem afirma. “Eu fiz de tudo lá dentro e isso me dá muito orgulho. Saio de lá sem a menor frustração”, completa.

Além de colaborar como roteirista em Sandy & Júnior (1999), Bambuluá (2001), Sítio do Picapau Amarelo (2001) e Toma Lá Dá Cá (2007) e comandar os especiais Correndo Atrás (2004), O Pequeno Alquimista (2004) e Dom (2006), Thereza fez história nas novelas da emissora.

Entre 2006 e 2015, ela colaborou em quatro novelas: O Profeta (2006), Cama de Gato (2009), Avenida Brasil (2012) e A Regra do Jogo (2015). Também foi co-autora de Cordel Encantado (2011) e Joia Rara (2013), ambas de Thelma Guedes (64) e Duca Rachid (63) e se tornou autora principal em 2017, ao levar ao ar junto ao seu parceiro de trabalho Alessandro Marson a trama das seis Novo Mundo.

Para ela, o folhetim que ilustrou a vinda da Família Real para o Brasil foi um de seus melhores momentos na casa. “Era uma novela que eu queria fazer, estava muito ali, dentro de mim”, conta. À época, Thereza colheu enormes alegrias com a trama em um momento triste de sua vida: a perda de sua mãe e de amigas próximas, como Márcia Cabrita (1964-2017), que morreu após lutar contra um câncer. Márcia, inclusive, chegou a participar do folhetim como Narcisa.

Ano pesado e a novela então me deu alegria e força para passar”, relembra a autora, que também considera especial sua participação nos roteiros de Cordel Encantado e Avenida Brasil. “Novelas que guardo muito no coração”, avalia Thereza, que também considera as amizades feitas e reencontradas como um de seus melhores momentos na Globo.

Trabalhei com pessoas maravilhosas, como Miguel Falabella (67), João Emanuel Carneiro (53) e Thelma Guedes e Duca Rachid”, pontua.

Descanso e teatro

Com a nova fase, Thereza Falcão tem como projeto imediato o descanso. “Entrei em 1999 e quase nunca parei. Emendei trabalhos e se você somar o tempo que fiquei parada não dá sete meses”, detalha.

Com pendências para resolver na vida pessoal, a autora também quer experimentar coisas novas e já tem sim projetos engatilhados. A dramaturgia deverá continuar em sua vida e o teatro, berço artístico de Thereza, voltará, muito em breve, para sua vida.

Em junho, a autora estreia a peça Uma Carta para Lady Mcbeth, com Lorena da Silva (59), no Rio de Janeiro. No espetáculo, Thereza dá uma nova abordagem à personagem de William Shakespeare (1564-1616) que é muito visitada. Em seguida, outro texto deve pintar e garantir a maior característica da dramaturga: versatilidade.