A jornalista Sandra Annenberg contou que sofreu assédio sexual no início de sua carreira e perdeu espaço na TV por não ceder às investidas
Publicado em 04/06/2024, às 12h03
A jornalista Sandra Annenberg contou que sofreu assédio sexual no início de sua carreira e perdeu espaço na TV por não ceder às investidas dos assediadores. Em entrevista ao podcast Mamilos, ela relembrou que foi submetida a episódios de assédio e competição.
"Eu enfrentei assédio sexual, enfrentei uma competição muito cedo, enfrentei um espaço que para você conseguir conquistar o seu tem que jogar um jogo que não é legal", disse a jornalista, que afirmou que poderia "ter ido mais longe muito rápido se tivesse concordado em fazer parte da turma". "E eu perdi espaço por isso, fui cortada do elenco de uma novela porque não cedi", lamentou.
E completou: "O fato é que não joguei esse jogo e eu não sei muito bem como eu consegui trilhar o meu caminho sem fazer parte de um time que jogava um jogo de interesse, de troca, dentro do assédio sexual também".
Annenberg disse ainda que por ter passado por isso, decidiu "segurar" sua filha, Elisa, 20, para ela não enfrentar as mesmas situações. "Eu acho que eu segurei muito a minha filha, não queria que ela enfrentasse tudo que eu enfrentei".
O primeiro trabalho de Sandra como atriz foi em 1974, com a peça Um Dia Ideal Para os Peixe-Bananas. Entre trabalhos como repórter e apresentadora na Cultura e na Band, ela voltou ao teatro dez anos depois com o espetáculo Um Dia Muito Especial (1984).
Em 1988, ela viveu o par romântico de Edson Celulari na minissérie Chapadão do Bugre, da Band. Sua estreia na Globo foi no ano seguinte, Ela foi convidada por Tarcísio Meira (1935-2021) para interpretar a filha dele na série Tarcísio e Glória. Também esteve na novela Pacto de Sangue (1989).
No SBT, interpretou Ângela na novela Cortina de Vidro (1989). De volta à Globo, viveu Carmencita, na minissérie A, E, I, O... Urca (1990), sendo que este seu último trabalho como atriz.
Ver esta publicação no Instagram