CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil
Cinema / PASSAGRANA

Caco Ciocler defende questão racial em novo filme: 'Mexe com essas questões'

Vilão de Passagrana, Caco Cicole reflete questão racial em novo filme em entrevista exclusiva à CARAS Brasil

Paulo Henrique Lima
por Paulo Henrique Lima
[email protected]

Publicado em 19/09/2024, às 06h00 - Atualizado às 15h55

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Caco Cicocler interpreta policial corrupto em Passagrana - Foto: Star Original Productions
Caco Cicocler interpreta policial corrupto em Passagrana - Foto: Star Original Productions

Passagrana, novo filme nacional da Intro Pictures e Star Original Productions estreia nos cinemas de todo Brasil nesta quinta-feira, 19, com uma uma história de assalto a um banco diferente do que já foi retratado em outros filmes. Caco Ciocler (52) interpreta um policial corrupto que vai aprontar o inimaginável no desenrolar da aventura. Ele contracena com os protagonistas Wesley Guimarães, JuanQueiroz, Elzio Vieira e Wenry Bueno.

Em entrevista exclusiva à CARAS Brasil, o veterano conta que o filme do diretor Ravel Cabral provoca reflexões sobre diferentes temas sociais e leva o público a torcer por personagens em posições questionáveis dentro do enredo. 

"O filme mexe com algumas questões. Primeiro que é super legal você ter um filme com protagonistas negros que representam um extrato social, uma condição de vida. Para você trazer no protagonismo esses meninos eu já acho absolutamente revolucionário e tal. Por outro lado eles são assaltantes, né? Então os heróis você faz uma inversão também assim, porque eles são muito carismáticos. E aí de repente você fala assim: 'Mas eu tô torcendo para os bandidos'. E aí entram os policiais que são piores do que os bandidos. E você fala 'Não, claro que eu vou torcer para os bandidos'", conta.

+ Rafa Kalimann cambaleou nas críticas, mas honrou DRT e entregou evolução

O ator, no entanto, ressalta que a primeira impressão sobre os protagonistas logo é explicada de tal maneira em que o espectador reflita os porquês das atitudes questionáveis. Ela conta que não é difícil entender e que tudo está relacionada ao um retrato da sociedade. 

"Os bandidos não são bandidos, eles são vítimas de uma condição social. Então eu acho que o filme ele vai mexendo mesmo com essas questões. Pra quem quem eu torço nesse jogo? Para o que é que eu estou torcendo? E justamente por isso, como toda boa obra de arte, ele não responde a essa pergunta", afirma. 

"Eu acho que as boas obras de arte não servem para nada. Não teriam que servir para oferecer respostas, para levantar perguntas. Então esse incômodo, essas perguntas que a gente se faz, para mim é um sinal de que o filme cumpre com a sua função artística", opina.