A atriz disse que as cenas de preconceito vão muito além das telas de televisão
A atriz de O Outro Lado do Paraíso revelou que as cenas de preconceito que vive na pele da juíza Raquel são também frequentes na vida real. E ao contrário do que se pensa, a fama e sua profissão não amenizam as agressões "Ser negra não me livra de preconceito, independente da minha profissão", contou em entrevista para a Universa na última quarta-feira.
Além de mostrar o preconceito velado e não velado, ela fala sobre a representatividade como juíza negra "Já ouvi advogados me dizendo que eu os represento. A gente pode ser o que a gente quiser e mostrar isso na televisão é mostrar a nossa força", desabafa.
Sobre a sua relação conturbada com Bruno, Caio Paduan, causada principalmente pela rejeição da mãe do amado por conta de sua cor de pele, a atriz contou que a situação se repete constantemente na vida de mulheres reais ˜Isso acontece muito e ouço muitas histórias assim. Depois da personagem, as pessoas têm compartilhado comigo suas histórias", disse.
Érika vai muito além do preconceito apenas racial. Ela lamenta as agressões contra mulheres, o assédio e as situações incômodas que vivem todos os dias. Mas que apesar de tudo, se orgulha de ter força pra ir contra a cultura machista "Eu amo ser mulher, na outra vida quero ser mulher, por tudo que a gente pode, por tudo que a gente luta e consegue superar. A gente ainda é mais forte por ser mulher e a delícia de ser mulher é ser forte”, finaliza.