O ator faz sua estreia na TV como o malandro Máximo de 'I Love Paraisópolis' e torce para que seu personagem apronte muito na trama: 'Não quero que ele fique bom'
Durante boa parte de sua vida Danilo Mesquita acreditou que seria jogador de futebol. O menino baiano, que fazia teatro na escola, chegou a abandonar a apresentação de uma peça para defender seu time - já que o espetáculo e o jogo seriam no mesmo dia. Mas a paixão pela arte falou mais alto. Anos depois, ele teve novamente que optar e, desta vez, escolheu o teatro.
Hoje aos 23 anos, Danilo não se arrepende. Ele encara seu primeiro papel na TV como o malandro Máximo de I Love Paraisópolis e torce para que o personagem faça maldades e ganhe cada vez mais espaço na trama. Máximo sonha em se tornar o chefe do tráfico no lugar do primo Grego (Caio Castro). "Ele é um bandido, talvez ele se dê mal porque ele é novo, mas não vai medir esforços para conseguir o que ele quer, vai passar por cima de qualquer pessoa", conta o ator. "Não quero que ele fique bom (risos). Ele tem uma adoração ali pelo Grego, mas mais pelo lugar pelo que o primo ocupa do que pela pessoa em si", diz.
Danilo trocou Salvador pelo Rio de Janeiro aos 18 anos. Como a maioria dos iniciantes, passou alguns perrengues. "Eu morava em um apartamento da agência. Um dia você mora com duas pessoas e no outro dia, com dez. Eram só homens, mas uma vez eu estava dormindo e acordei para ir à cozinha, fui só de cueca, e dei de cara com uma menina que tinha ido passar alguns dias lá. Foi um susto", diverte-se. "Já teve também vezes de passar o dia todo com um pacote de biscoto na barriga", lembra. Hoje em dia ele divide apartamento com o ator Danilo Ferreira, que também é baiano.
"Meu primeiro teste foi em 2011 para Fina Estampa com a Marcinha Andrade, produtora de elenco da novela. Passou esse tempo todo, daí um dia minha empresária falou que a Marcinha queria ver como estou. Fui lá, fiz o teste, a gente conversou pra caramba. Acho que menos de um mês depois ela me ligou", conta, sobre o papel na novela das sete. "Fiquei muito feliz, queria muito fazer. É meu primeiro trabalho na televisão, um desafio enorme", festeja o ator, que aprendeu a controlar a ansiedade entre um teste e outro. "Depois de algumas porradas você entende que para sua saúde mental é melhor você fazer e jogar para o universo. Ficar sem dormir não é uma boa escolha", aconselha.
Hoje em dia ele tem certeza de que está no caminho certo. Aos dez anos já era o centro das atenções no colégio com suas imitações. "Gostava de estar no palco", admite, apesar da paixão pelo futebol vir de berço. "A primeira palavra que eu falei foi bola. Eu não gostava de desenho, de carrinho, eu jogava bola o dia inteiro. Participava de seleções na escola e comecei a treinar. Com 10, 11 anos comecei a fazer testes em clubes. Joguei até os 17, mas eu não era um jogador tão disciplinado assim", confessa.
Coração já tem dona
Danilo fez amizade com os colegas de elenco e conta que o clima nos bastidores da trama é o melhor possível. "Lá não tem vaidade, não tem ninguém querendo ser melhor que ninguém. A gente faz brincadeiras absurdas no camarim, é muito divertido", entrega. "Fiz várias amizades, mas a primeira foi a Tatá (Werneck). Ficamos muito próximos, eu amo a Tatá", diz. "Tem várias pessoas que eu adoro, o Babu Santana, a Dani Ornellas, Carolzinha, Fabíula, o Frank Menezes que é baiano também. A gente vê novela um na casa do outro. E tem o Caio (Castro), a gente joga futebol juntos".
O estreante já sente o retorno do público por seu trabalho na TV. "A novela é um sucesso, a gente sai na rua e vê isso e em rede social você tem essa resposta muito mais rápido, em maior quantidade. É super legal porque não é nada desrespeitoso. Sempre tem alguém que pede para você ter juízo", brinca o ator.
Para quem já está suspirando pelo bonitão, um aviso: ele tem namorada. "É tranquilo, ela sabe muito bem do meu trabalho. Ela é cantora, é artista também e a gente já estava junto há um tempo antes da novela", afirma Danilo, que tem metas de voltar aos palcos ao fim da novela. "Eu acho que o sonho de qualquer artista é poder viver daquilo que ama fazer e eu quero isso para mim, continuar vivendo da minha arte. Quero muito fazer muito teatro e construir uma carreira no cinema também. O Wagner Moura é um ídolo, tenho muita vontade de trabalhar com ele", diz. "Ator tem que experimentar. Quero viver experiências diferentes dentro da arte. É meu maior sonho".