Em entrevista à CARAS Brasil, Zezeh Barbosa comemorou o fato de estar viva para ver destaque de negros na televisão
Figurinha carimbada em diversas produções da TV Globo, a atriz Zezeh Barbosa (60), a Gláucia Corneteira de Fuzuê, tem celebrado o destaque que artistas negros têm conquistado dentro da emissora carioca. "Coração quentinho", disse.
Em entrevista coletiva, a qual a CARAS Brasil esteve presente, a atriz contou que ser escalada para Fuzuê, aos 60 anos, foi uma experiência especial. "Eu tô adorando fazer a novela, tem muita gente que eu não tinha trabalhado e tem um lado muito pessoal", afirmou.
"Adoro ver um elenco negro assim, com personagens respeitáveis, de peso, que não são só serviçais. Fiz 60 anos e começou essa maravilha em várias novelas, acho que eu vou morrer com o coração quentinho", confessou.
Na trama escrita por Gustavo Reiz, Zezeh Barbosa interpreta uma mulher defensora da moral e dos bons costumes, que acaba sendo levando o rótulo de fofoqueira do bairro pelos vizinhos.
"Eu adoro fazer ela. Ela vende bolinhos de tutu, mas é uma desculpa também para saber tudo que acontece no bairro. Ela é moralista, é ex-presidente da associação dos moradores, tudo isso para ela tem um peso muito grande, é uma personagem moralista, meio louca, que toma Catuaba escondido e ataca os homens depois", diz ela aos risos.
Questionada se gosta de fofoca, assim como a personagem, ela confessa que não tem nada a ver com a Gláucia. "Não sei porque me colocam de fofoqueira em todas as novelas. Em Quanto Mais Vida Melhor também fiz uma fofoqueira. Deve ser porque as fofoqueiras devem ser leves, lindas e animadas", brinca.
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Nos próximos meses, Zezeh também poderá ser vista em uma segunda novela. Isso porque Todas as Flores, produção original do Globoplay, será exibida na grade regular da TV Globo. "Acho que qualquer ator gosta de mostrar duas atuações ao mesmo tempo, graças a Deus Todas as Flores fez sucesso também. Eu fiquei muito feliz, acho incrível. Tô esperando para ver, mas o coração fica disparado", confessa.
Ela aproveitou para pontuar as diferenças entre as duas personagens que ficarão no ar paralelamente. "Darci que era muito sofrida, porque só tinha filha piranha, mas acho que ela tinha mais coração. A Gláucia vende tutu, quem aparecer ela agarra, faz fofoca. A Gláucia é mais popular e mais leve. Acho que a Darci era mais mãe", diz.