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Parceria de Antonio e Bruno Fagundes na vida

Pai e filho reforçam laços e compartilham experiências dentro e fora dos palcos

Redação Publicado em 03/04/2012, às 11h22 - Atualizado às 11h32

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No teatro Geo, na capital paulista, Antonio e Bruno falam da experiência de contracenarem na peça Vermelho. - Fabio Cerchiari
No teatro Geo, na capital paulista, Antonio e Bruno falam da experiência de contracenarem na peça Vermelho. - Fabio Cerchiari

Na vida pessoal, amor e cumplicidade. Nos palcos, profissionalismo e admiração mútua. Assim podem ser definidos os laços afetivos entre Antonio Fagundes (62) e o herdeiro Bruno Fagundes (22), da relação com a ex, a atriz e dramaturga Mara Carvalho (47). Protagonistas do espetáculo Vermelho — um tributo ao pintor russo Mark Rothko (1903-1970) —, em cartaz na capital paulista, a dupla contracena pela primeira vez e transforma a experiência em fortalecimento da relação. “Não conhecia o profissional Bruno e estou feliz em ver que ele é tão apaixonado por teatro quanto eu, no sentido de se aprofundar, estudar… Já estreamos, mas enquanto estivermos atuando, vamos conversar para melhorar o trabalho”, atesta Fagundes. “Além de um rico aprendizado, fazer essa troca com meu pai é um estímulo, um desafio. O ofício do ator é acumulativo, você precisa de vida para conseguir fazer e exercer”, acrescenta Bruno que, sem dúvida, herdou a chama dos pais.

Escalado para atuar no remake de Gabriela, trama global das 11 ainda sem data de estreia definida, Fagundes ressalta que não mistura os papéis de pai e ator. “Se eu fizer isso, um dos dois vai deixar de ser o profissional. Você precisa pensar na luz, na música, no texto, na relação dos personagens, além de como contar melhor essa história... Se colocar mais um número nessa equação, você se arrebenta”, atesta ele, com quase 50 anos de profissão pautados pela maturidade e bom humor. “Quando falam que sou galã, eu agradeço! Se ainda sou bonitinho com essa idade, acho ótimo! Então, mantenham isso até os 80”, brinca.

Cobranças? Também não há espaço para elas, ao menos, em cena. “A pessoa que mais me cobra sou eu mesmo e isso acontece pelo trabalho que estou exercendo, não por ser filho dele”, frisa Bruno, que não se intimida, mas sim se espelha na trajetória artística dos pais. “Costumo dizer que na nossa família não há muita corujice. Se passarmos a mão na cabeça um do outro, estaremos nos enganando. Escolhemos a mesma profissão, que é cruel, difícil... A gente se ajuda, somos sinceros um com o outro. Isso, para mim, é maravilhoso, tudo que sempre sonhei em ter”, define o admirável jovem.