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Revista / EM CONSTANTE MUDANÇA

Phelipe Siani reorganiza sonhos e vocação aos 40 anos: 'Aprendendo a desligar um pouco'

Em entrevista exclusiva à Revista CARAS, Phelipe Siani abre as portas de seu apartamento e fala de jornada pela comunicação

Mariana Silva
por Mariana Silva
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Publicado em 06/10/2024, às 11h00

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Phelipe Siani fala sobre transformações em sua vida - Paulo Santos
Phelipe Siani fala sobre transformações em sua vida - Paulo Santos

Inquieto e versátil, Phelipe Siani (40) nunca foi refém das rotinas. Movido pela curiosidade e pelo desejo de impactar positivamente o mundo à sua volta, o jornalista constrói a carreira pautado em uma constante busca por propósitos.

“Costumo dizer que o importante é saber para onde você está indo. Isso não significa que você precisa, necessariamente, chegar a este lugar. Eu mesmo mudo minha estratégia e minha rota o tempo inteiro”, entrega

Depois de anos dedicando-se à vida de repórter, tanto nas redações quanto em frente às câmeras, Phelipe, que iniciou sua trajetória na TV ao integrar afiliadas da TV Globo, em 2006, resolveu se arriscar em novos caminhos.

Atualmente no comando do No Lucro, na CNN Brasil, emissora na qual está desde 2019, ele também se destaca no mundo do empreendedorismo. “Sempre gostei e sempre tive muita vontade de empreender. Desde quando estava na faculdade, já tinha vontade de abrir uma agência, uma assessoria de imprensa... enfim, fazer coisas olhando para o empreendedorismo”, relembra.

“A carreira como jornalista é, sim, muito puxada. Eu nunca consegui exercer o empreendedorismo da forma e com a dedicação que eu gostaria”, completa o comunicador, que, em 2015, fundou sua primeira empresa, a Albuquerque Content, um hub de produção de conteúdo e estratégias de comunicação.

“Hoje em dia, encaro minhas funções de forma mais equilibrada. Esse foi um dos motivos pelos quais eu migrei da Globo para a CNN. Fui muito feliz por lá, mas com essa minha mudança eu vi uma oportunidade de colocar em prática outras coisas que eu também gostava”, entrega ele, que chegou a fazer parte do Bom Dia Brasil e foi repórter especial do Jornal Nacional.

Movido a desafios, Phelipe revela que nem sempre as coisas foram fáceis, mas é importante superar os obstáculos e sair da zona de conforto para se reinventar. “Aos 15 anos, eu já sabia o que queria para minha vida, mas acreditava que era uma realidade muito distante. Eu, um garoto de escola pública, vindo de uma família que mal tinha condições de pagar o aluguel, não conseguiria chegar à faculdade. Foi com a ajuda da diretora do colégio e o apoio de minha mãe que abracei oportunidades e consegui ir além”, conta ele, referindo-se à matriarca, Cristina (63).

No ar todas as terças na CNN, além da Albuquerque Content, Phelipe está à frente de outras cinco empresas. Recentemente, diante do diagnóstico de TDAH, o comunicador entendeu os motivos pelos quais tem uma mente tão inquieta.

“Eu tenho TDAH em um nível muito severo. O meu TDAH é o meu maior prêmio, é o que faz ser quem eu sou, mas também é um vilão que não me permite ter ócio”, conta ele, que para dar conta de tudo montou uma equipe responsável pela parte operacional de seus projetos.

“Minha participação é cada vez mais estratégica”, explica o jornalista. Apesar de sua dedicação ao trabalho e de conseguir orquestrar todas as suas funções e equipes, ele busca não se manter preso a regras e rotinas. Pelo contrário, a falta de estrutura fixa é uma característica marcante de sua vida.

Phelipe está sempre envolvido em diversos projetos ao mesmo tempo, seja criando novos conteúdos, liderando empreendimentos ou apresentando palestras ao redor do País. Em breve, inclusive, ele iniciará um novo projeto, com palestras realizadas nos cinemas de todo o Brasil. “A ideia é falar sobre as comunicações modernas e transformação de carreira”, adianta ele.

Essa multiplicidade de funções, embora desafiadora, é o que o mantém em movimento e motivado. “Eu gosto muito de ajudar as pessoas. Por isso passei a gostar de fazer palestra. Quando subo ao palco, percebo que as pessoas se sentem transformadas”, conta.

Contudo, Phelipe reconhece que essa intensidade, às vezes, vem com um alto preço. “Estou aprendendo a desligar um pouco, sim, a curtir minha jornada. Mas já tive momentos bem complicados, já passei por um burnout justamente pelo excesso de cobrança que coloco em mim mesmo”, diz.

Nos raros momentos em que não está trabalhando, o comunicador gosta de jogar videogame, apreciar um bom café e curtir a companhia da fofa golden retriever Maria Francisca, a Chica, com quem mantém em guarda compartilhada com a jornalista Mari Palma (35), de quem se separou em 2023.

“Eu consegui fazer coisas muito legais em áreas muito diferentes. Precisei me reconstruir, me observar de maneiras novas o tempo todo. Isso faz com que eu me veja como um cara de sucesso”, afirma. Solteiro, ele não descarta a possibilidade de viver um novo amor e construir uma família, embora, agora, não esteja focado nisso.

“Parece mentira eu dizer que estou focado no trabalho, mas é a verdade. Eu tenho vontade, sim, quero muito ser pai, mas não me cobro nesse sentido. Minha carreira está num ritmo tão legal, que quero aproveitar isso”, pontua. 

Phelipe Siani fala sobre transformações em sua vida/ Fotos: Paulo Santos
Phelipe Siani fala sobre transformações em sua vida/ Fotos: Paulo Santos
Phelipe Siani fala sobre transformações em sua vida/ Fotos: Paulo Santos
Phelipe Siani fala sobre transformações em sua vida/ Fotos: Paulo Santos
Phelipe Siani fala sobre transformações em sua vida/ Fotos: Paulo Santos
Phelipe Siani fala sobre transformações em sua vida/ Fotos: Paulo Santos
Phelipe Siani fala sobre transformações em sua vida/ Fotos: Paulo Santos
Phelipe Siani fala sobre transformações em sua vida/ Fotos: Paulo Santos
Phelipe Siani fala sobre transformações em sua vida/ Fotos: Paulo Santos