Capa da CARAS em 2015, Lázaro Ramos previu que as produções brasileiras do futuro iriam representar verdadeiramente o país
Um dos atores mais queridos e respeitados do Brasil, Lázaro Ramos (44) já imaginava que a pauta racial iria ser algo muito abordado em produções nacionais. Em 2015, o artista foi capa da revista CARAS e comentou o assunto ao lado de Taís Araújo (44).
Na época, Lázaro estava se preparando para a estreia da primeira temporada da série Mr. Brau, da TV Globo, a qual ele protagonizava. Segundo o ator, era questão de tempo para que artistas negros passassem a ocupar o lugar de protagonistas.
"Outra coisa legal, que vem possibilitando mudanças na dramaturgia, é a inserção de gente com outras origens, não vou falar somente negros, contando suas histórias, como diretores, roteiristas. É o futuro. Isso faz a diferença quando você dá o microfone para mais pessoas. A diversidade do Brasil é nosso maior valor, inserir isso em todos os setores deixa a sociedade mais rica", disse.
Taís também concordou com o marido e destacou Sheron Menezzes, que hoje faz sua primeira protagonista na novela Vai na Fé, como uma das atrizes que tem se tornado referência para a nova geração.
"Hoje temos, por exemplo, Cris Vianna, Camila Pitanga, Sheron Menezzes, somos muito mais próximas das meninas mais novas. Quando era pequena, não tinha a menor referência. Elas eram muito distantes. Via a Zezé Motta e outras atrizes que tinham idade para ser minha mãe ou avó", declarou.
"É muito importante também a gente contar nossa história sob o nosso ponto de vista. E não um outro contar minha história sob o ponto de vista dele", reforçou ela.
Leia também: Sabrina Sato sonhava em casamento com ator da Globo: "Quero ser uma mãezona"
O baiano continuou falando sobre o que esperava do Brasil do futuro e afirmou que as novas produções deveriam abordar mais o assunto assunto família. Segundo Lázaro, o país estava mudando e precisava ser representado na telinha.
"A família brasileira está passando por transformações. Vivemos momento de revisão e de descobertas de outros formatos de família. E amor porque a gente passa por um período de certa barbárie em alguns setores e acho importante falar mais de amor", disse.
Em homenagem aos 30 anos da CARAS Brasil, relembre reportagens como esta clicando aqui.