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Juliana Baroni

Audaciosa, ela diz que a zona de conforto não é a sua praia

Redação Publicado em 31/08/2010, às 17h28 - Atualizado em 06/09/2010, às 17h57

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Após andar de jet ski na Ilha de CARAS, Juliana compara o esporte com o seu jeito 'radical' de levar a vida e lembra que aos 11 anos já desejava desbravar o mundo. - PAULO MARCOS/8000 FOTOGRAFIA; BELEZA: DUH
Após andar de jet ski na Ilha de CARAS, Juliana compara o esporte com o seu jeito 'radical' de levar a vida e lembra que aos 11 anos já desejava desbravar o mundo. - PAULO MARCOS/8000 FOTOGRAFIA; BELEZA: DUH
Se dependesse do desejo da avó materna, Lídia (80), a atriz Juliana Baroni (32) estaria hoje casada, com filhos e trabalhando como professora em Limeira, no interior de São Paulo, onde nasceu. Mas ela preferiu fazer sua própria história. E não se arrepende das escolhas. "A vida se apresentou de outra forma para mim. Desde criança, queria desbravar o mundo. Tracei meus objetivos e fui atrás", orgulha-se ela, na Ilha de CARAS. Juliana não esperou muito para lutar por seus sonhos. Aos 11 anos viajou para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar como assistente de palco do programa Xou da Xuxa. Depois, atuou em filmes da apresentadora e não parou mais. No ar na novela Ribeirão do Tempo, da Record, a atriz está comemorando 20 anos de carreira já tendo participado de mais de dez novelas e seis trabalhos no cinema. Entre eles, o longa Lula, o Filho do Brasil, do cineasta Fábio Barreto (52). Apesar do robusto currículo, quando volta à cidade natal, Juliana ainda escuta de d. Lídia: "Preferia ter você pertinho..." ou "Quando vem meu bisneto?" e ainda "Não está nem namorando? Que desgraça!". As queixas são encaradas com bom humor. Solteira desde 2008, após o fim do relacionamento de cinco anos com o ator Cristiano Gualda (37), ela compreende a 'pressão' da avó. "É natural, ela é de uma geração em que as mulheres aos 16 anos já tinham marido e administravam a casa. A minha hora vai chegar. Quero construir minha família também. Mas não vou pular etapas ou ficar desesperada a ponto de engravidar do primeiro da esquina", garante, cheia de segurança. - Como é a vida de solteira? - Sempre tive relações longas e com intervalos curtos entre elas. Mas percebi que me viro bem sozinha. Quando estamos namorando, é preciso consultar o outro antes de tomar decisões. Agora, pela primeira vez, estou curtindo uma liberdade total. É outra rotina, mais individualista. Acordo no domingo e vou para praia, depois ao supermercado, faço meu almoço, dou uma caminhada e prolongo em um cinema sem precisar de companhia. Tenho uma amiga que fala: 'Nossa, como consegue? Acho tão deprimente' (risos). Eu estou adorando. Concordo que também é muito bom ver um filme com alguém, dar beijinhos. Mas não deixo de fazer programa algum por não ter namorado. Essa postura só veio com a maturidade dos 30. - Há outras transformações? - Com certeza. Hoje, me sinto mais segura e até mais bonita do que aos 20 anos. É engraçado porque nada mudou fisicamente, continuo com os mesmos defeitos, a gordurinha ali, o quadril um pouco maior do que gostaria... Mas passei a aceitá-los. Em compensação, o relógio biológico está acelerado (risos). Mas tudo bem, tenho uma vida útil de pelo menos 10 anos. Enquanto isso, compenso a vontade de ser mãe com minha afilhada, Maria Victória, de três semanas. - Já vimos que preza a liberdade. E quando está apaixonada? - Não sou pegajosa nem ciumenta. Mas sou a típica romântica. Adoro ouvir Roberto Carlos, receber flores e sair para jantar. Em alguns momentos, confesso que posso até ser meio brega. Mas quando há paixão, ficamos um pouco assim... Vinicius de Moraes já dizia que todas cartas de amor são ridículas. E são mesmo. - Com 20 anos de carreira, sente que falta conquistar algo? - Sempre falta. Quando achar que não tenhos mais o que evoluir, é hora de ir embora desse planeta. Ainda quero desempenhar os mais diversos papéis. Adoraria fazer Electra, por exemplo, interpretar personagens de Shakespeare... Não gosto de trabalhar com margem de segurança. Sou de me jogar sem rede. Às vezes, dá certo, em outras ocasiões, não. Mas sempre achei o risco mais interessante do que a zona de conforto.