O novo EP da cantora Paula Fernandes, chamado 'Qual amor te faz feliz?', marca uma nova fase da carreira e da vida pessoal da artista
A cantora Paula Fernandes lança nesta quinta-feira, 13, o álbum 'Qual amor te faz feliz?'. O EP, que conta com seis músicas, é um convite a reflexão sobre amar do seu jeito. Esse projeto marca uma nova fase na carreira da artista e também em sua vida pessoal. "Quero me libertar", garantiu a cantora durante a coletiva de imprensa, na qual a CARAS Digital marcou presença.
Nesse novo álbum, Paula se juntou com alguns compositores para escrever as canções e confessou que algumas músicas retratam situações que ela já viveu em antigos relacionamentos. "Algumas são. Quando eu sentei com outros compositores, eu falei sobre algumas experiências minhas... Quero falar, me libertar das coisas que me incomodam... A gente pôde falar um pouco e trazer para as músicas as minhas experiências e as de outras pessoas... Cada música tem uma história diferente, mas elas se falam."
Além das experiências pessoais, a cantora ressalta que ser compositora é como ser um autor de novelas, sendo assim, ela tem a liberdade para ser o que quiser. "Eu posso viver milhões de personagens que eu não sou, ou que eu sou interiormente. Eu posso ser vilã, a mocinha, o bandido... eu posso ser simplesmente."
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Com o novo projeto, Paula Fernandes quer que seus fãs entendam a importância do amor-próprio. "Se ame acima de qualquer coisa. Aí você vai estar preparado para amar alguém", aconselha a artista.
Ela também revelou em que momento passou a ter o entendimento sobre se amar mais. "Eu acho que o start mesmo foi na minha separação desse meu relacionamento mais recente. Eu vivi praticamente casada durante quatro anos, vivi todas as experiências que eu poderia viver. Eu nunca tinha vivido sobre o mesmo teto que alguém e ali me despertou muitas coisas, coisas boas e outras nem tanto assim, mas eu estou no positivo em relação a esse término e essa superação. Me ensinou mais do que me tirou", analisou ela, que anunciou o fim do seu relacionamento com o empresário Rony Cecconello em setembro do ano passado.
Paulo contou que o término fez com que ela passasse a se enxergar de outra forma. "O momento que eu me vi sozinha de novo, na fase que eu estou de vida, me encarando no espelho, alguma coisa me deu estalo. Eu não sei exatamente qual foi o momento, mas eu descobri que eu preciso me amar, até para estar em outra relação, para que outra pessoa chegue e me alcance. Se você não tem noção do seu próprio limite, você não vai conseguir estabelecer uma relação sadia com alguém. Então eu senti essa necessidade, foi algo de dentro para fora, e é mágico. Quando acontecer com outras pessoas que ainda não tiveram essa experiência, vocês vão sentir. É uma coisa sem explicação, simplesmente em um momento você percebe que não precisa ter as inseguranças que você tinha, não tem que abrir mão das coisas que acredita para caber naquele espaço."
"O amor ideal, ele é agregador, ele é companheiro, parceiro, ele não te julga, não te mede, não te limita, não te priva, não é egoísta, ele compartilha. Então são vivências que tive, que não foram boas também, e eu mais do que nunca sei o que eu não quero viver e isso é uma coisa muito importante. Porque tem gente que além de não saber o que quer, não sabe o que não quer. Então eu sei o que eu quero e o que eu não quero de forma alguma, e sei o que é inegociável em uma relação e para viver também, porque o amor-próprio abrange outras coisas, não é só a relação afetiva, seja com um amigo, com a mãe, com as pessoas que estão ao redor", afirmou.
Com anos de carreira, Paula Fernandes se tornou um dos grandes nomes do sertanejo e também uma referência musical. Ela ressalta que a fama não mudou a sua essência, mas, ao longo dos anos, precisou lidar com o lado ruim de ser famosa: as notícias falsas.
"Quando olho para mim, eu ainda vejo aquela garotinha sonhadora, disposta, disponível, responsável demais. Eu tenho muito orgulho disso, da história que construí, porque eu sei que eu abri mão de muitas coisas para estar aqui, por isso que eu acho injusto certos comentários machistas e desagradáveis [...]", desabafou.
"Antigamente a gente não tinha as redes sociais como temos hoje, que dá esse poder de fala para as pessoas responderem e mostrarem a sua versão. Eu acho que cometi um erro, sim, em ter me calado muitas vezes para tantas críticas e fake news. Eu acho que se eu tivesse redes sociais na época, eu teria falado, criado coragem para tá ali diante de uma câmera e dizer: 'eu não sou essa pessoa'. E infelizmente, como a coisa cresceu demais, eu perdi o controle", lamentou a artista, ressaltando que na época não tinha uma gestação de carreira, pois não tinha conhecimento de como funcionava o meio artístico.
"Eu me arrependo de não ter buscado um jeito para me defender desses ataques, porque eu optei pelo silêncio. Eu achava que em algum as pessoas iriam saber quem eu realmente sou. Mas uma mentira dita duas vezes acaba virando verdade, e eu sofro as consequências disso até hoje e lamento. É uma das coisas que mais me deixa triste, porque eu realmente não sou essa pessoa que muita gente acha que eu sou: intocada, antipática, inacessível. Eu sou discreta, introspectiva, mais calada... eu vou aos pouquinho conquistando. Mas eu não posso perder a esperança das pessoas realmente me conhecerem", completou.