Project Pop-Up NYC Competition premia vencedores com loja temporária. Enquanto isso, no Brasil, estilistas, como Alexandre Herchcovitch, pedem mais apoio à Dilma Rousseff
Considerada uma das capitais mundiais da moda, Nova York é a maior sede de estilistas e varejistas do mundo. A rotina criativa e agitada da “Big Apple” inspira os profissionais do universo fashion que moram e trabalham por lá. Para fortalecer a posição da cidade como líder global de varejo de moda, a New York City Economic Development Corporation (NYCEDC) e a Story lançaram o “Project Pop-Up NYC Competition”.
Trata-se de uma competição entre varejistas e empresas de tecnologia de moda, que oferece como prêmio principal uma loja pop-up temporária, que ficará ativa por um mês, com início em setembro, data próxima à semana de moda nova-iorquina, além de espaços para as empresas de tecnologia deixarem seus trabalhos expostos e, por fim, orientação empresarial e suporte de marketing.
O Projeto Pop-Up faz parte das iniciativas do plano Fashion NYC 2020, do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e tem o objetivo de apoiar a indústria de moda local, que emprega 173 mil pessoas, gera cerca de US $ 2 bilhões em receitas fiscais todos os anos e atrai 500 mil visitantes para feiras, showrooms e lojas.
No último dia de desfiles do SPFW, ficou claro que os profissionais da moda brasileiros esperam atitudes parecidas do nosso governo. Após o desfile da Cavalera, que aconteceu em um ferro-velho na zona leste de São Paulo, estilistas e outros profissionais envolvidos com o evento entraram na passarela com um look mais do que expressivo. Todos vestiam camisetas com a mensagem: “Presidenta Dilma, precisamos falar com você! A moda agradece”.
Os profissionais pedem apoio à indústria de moda brasileira. O estilista Alexandre Herchcovitch chegou a declarar que não é possível comprar materiais para compor uma coleção inteira no Brasil, o que acarreta demissões e encarecimento do produto. Os participantes encaminharam à presidente Dilma Rousseff um documento com as reivindicações do grupo.
Por Juliana Cazarine