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Esporte / Sorte

Técnico do vôlei feminino revela superstição: ‘Uso a mesma’

José Roberto Guimarães, técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, revela qual é a sua superstição ao longo das Olimpíadas

por Priscilla Comoti
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Publicado em 26/07/2024, às 15h06

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José Roberto Guimarães - Foto: Reprodução / Instagram
José Roberto Guimarães - Foto: Reprodução / Instagram

O técnico de vôlei José Roberto Guimarães, que comanda a seleção feminina de vôlei, revelou que tem uma superstição para dar sorte nas Olimpíadas. No dia da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, na França, ele afirmou que não troca o seu uniforme depois de uma vitória do time.

"Eu começo com uma roupa. Se nosso time ganha, só vou lavando e usando a mesma. Não troco", disse ele.

E esta não é a única superstição dele, que tem outras manias para manter a sorte. "Gosto de jogar sempre com a mesma cor. Se ganho, mantenho. Não gosto de ficar em apartamento no andar quatro. No Japão e em alguns outros países, o quatro tem o mesmo significado que morte. Então eles não têm o quarto andar ou o décimo terceiro, por exemplo. Eu prefiro evitar. Se vamos para algum hotel, eu recebo a chave e já vejo o número. Se a soma der quatro, eu troco. Passar embaixo de escada também nem pensar", declarou. 

José Roberto tem 69 anos - completa 70 no dia 31 de julho - e está na seleção feminina desde 2003. Esta é a nona Olimpíada de sua carreira. 

Filha de Isabel Salgado

A jogadora de vôlei Carol Solberg se prepara para encarar os desafios da Olimpíada de Paris 2024 sem a presença da mãe, a ex-jogadora de vôlei Isabel Salgado, ao seu lado. Isabel faleceu em 2022 em decorrência da Síndrome da Angústia Respiratória Aguda. Agora, a filha dela refletiu sobre a dor de celebrar este momento especial na carreira em meio ao luto. 

"E a corrida olímpica começou um mês após eu perder minha mãe. Foi devastador. Me perguntava como conseguiria tocar. Era impensável. No começo, tentei me blindar. Depois, entendi que não tinha como fugir dessa dor. Essa dor é minha, faz parte de quem sou hoje, e terei de conviver com ela para sempre. Minha mudança neste processo de luto, durante os torneios, foi tentar transformar minha dor na minha força. Me agarro a ela, não fujo mais. Não importa se estou entrando em quadra ou se estou sozinha. Foi me respeitar e aceitar que meu peito estava rasgado e que teria de seguir do jeito que dava. Quando se desenhava nossa classificação olímpica, sabia que seria uma porrada. Fiquei duas semanas sem ar, de não poder viver isso com minha mãe. Uma alegria desse tamanho, e não ter seu abraço, uma ligação... É uma saudade assustadora", disse ela ao Jornal O Globo. 

Então, Carol refletiu: "Estou conectada a ela o tempo inteiro e descobrindo essa nova forma de estar junto. Sei que estamos. Não existe outra opção. Minha mãe foi a duas Olimpíadas (Moscou-1980 e Los Angeles-1984). Agora é a minha vez. Quero curtir cada momento, entregar tudo o que tenho. Sonhei tanto com isso".