Entenda como a filha do icônico Bob Marley fez com que a Jamaica chegasse na Copa, onde avançou para as oitavas de final
Nesta quarta-feira, 2, a Seleção Jamaicana eliminou o Brasil da fase de grupos da Copa do Mundo de Futebol Feminino, após um empate em 0 a 0. A conquista do time de avançar para as oitavas de final da competição contou com a ajuda de Cedella Marley, filha de um dos maiores artistas da história da música, Bob Marley.
Tudo começou em 2008, quando a Federação Jamaicana de Futebol decidiu acabar com o time. E foi só em 2014 que ele foi reiniciado e Skip Marley, filho de Cedella, levou para casa de sua escola um panfleto sobre o tema. A nota pedia ajuda em dinheiro para impedir que o time interrompesse as atividades novamente. “Apoie as Reggae Girlz”, estava escrito.
Foi então que Cedella e seus irmãos, Damian e Stephen, gravaram a música Strike Hard, para poder arrecadar fundos que seriam revertidos em investimentos nas atletas jamaicanas. Com um total de US$ 300 mil com o auxílio de uma vaquinha online, a cantora se tornou embaixadora da seleção feminina, acompanhada da Bob Marley Foundation, ONG criada em 1986 por Rita Marley.
Bob dizia que o ‘futebol é liberdade’, e, inspirada por essa frase, Cedella Marley criou a Football Is Freedom, para poder auxiliar o futebol feminino no Caribe, na América Latina e em algumas comunidades dos Estados Unidos. Durante uma entrevista ao Globo Esporte, a artista falou sobre o assunto.
“Através do futebol, elas são livres para ter educação, uma chance de melhorar suas vidas, mas também de famílias e comunidades. O futebol significa liberdade de ideias e dos costumes ultrapassados que querem impedi-las de viverem seus sonhos”, disse.
Mesmo com o apoio da filha do maior artista do país, as jogadoras da Seleção Jamaicana sofrem demais com a falta de apoio de sua própria federação, que causa atraso nos salários e na ausência de auxílio para o deslocamento, entre outros problemas.
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