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Datas Especiais / ‘MULHER MUITO GUERREIRA’

Bel Kutner relembra a mãe, Dina Sfat, e imagina como ela estaria hoje: ‘Comprando brigas importantes’

Em entrevista à CARAS Brasil, a atriz Bel Kutner relembra com carinho da mãe, a também atriz Dina Sfat, que estaria completando 86 anos nesta segunda-feira, 28

Thaíse Ramos
por Thaíse Ramos

Publicado em 28/10/2024, às 07h00

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A atriz Bel Kutner é filha de Dina Sfat, que morreu em 1989 - Reprodução/Instagram
A atriz Bel Kutner é filha de Dina Sfat, que morreu em 1989 - Reprodução/Instagram

Uma das atrizes mais aclamadas da dramaturgia brasileira, Dina Sfat estaria completando 86 anos nesta segunda-feira, 28, se ainda estivesse viva. A atriz morreu em 20 de março de 1989, vítima de câncer, prestes a completar 50 anos. Ela deixou três filhas: as atrizes BelKutner (54) e Ana Kutner (53) e a diretora Clara Kutner (48), frutos do casamento com o ator e diretor Paulo José (1937-2021). Em entrevista à CARAS Brasil, Bel relembra com carinho da mãe e imagina como ela estaria hoje "Comprando brigas importantes", diz. 

Referência no teatro, no cinema e na TV, a atriz fez personagens memoráveis, como Fernanda, da primeira versão de Selva de Pedra (1972); Zarolha, de Gabriela (1975); e Amanda, de O Astro (1977), deixando na imaginação do público a sua marca. “Falam dela comigo quase todos os dias. É muito emocionante ver como as gerações que acompanharam a carreira dela não a esquecem. Isso é muito lindo”, conta a primogênita de artista.

Todos os anos, no dia no aniversário de Dina, Bel Kutner revela que costuma fazer algo especial. “Neste dia, sempre costumo, quando posso, estar com as minhas irmãs. Este ano, excepcionalmente, cada uma estará em um estado do Brasil. Certamente a gente vai conversar online. E é um dia de comemorar, é um dia de lembrança e, para mim, é sempre muito bom. Tenho muita gratidão de ter vindo dessa mãe maravilhosa”, destaca.

Questionada sobre o sentimento hoje, referente à sua mãe, a atriz ressalta: “Já sou mais velha do que a minha mãe quando ela faleceu, então, o sentimento é de que é isso, é o ciclo da vida. Mas também, como hoje tenho a percepção de como ela foi cedo, ela certamente teria feito muita coisa interessante, também teria comprado brigas importantes porque ela era uma mulher muito guerreira. Então, hoje sinto falta de mais Dinas”.

A artista entrega ainda qual lembrança mais forte tem de Dina Sfat como mãe. “O que sempre foi muito marcante era o quanto ela era carinhosa e brincalhona. Ela colocava nós três embaixo da saia, sabe? Assim, as pintinhas dela. Mãe galinha mesmo (risos). E eu trago isso comigo. Acho maravilhoso ter tido esse colo”, celebra.

Bel Kutner relembra a mãe, Dina Sfat, e imagina como ela estaria hoje: ‘Comprado brigas importantes’
Dina Sfat, Paulo José e as três filhas do casal - Foto: Reprodução/Internet

EXPOSIÇÃO DINA SFAT – RETRATOS DA VIDA

A Biblioteca Central da UNIRIO, localizada na Urca, no Rio de Janeiro, inaugurou neste mês de outubro a exposição Dina Sfat - Retratos da Atriz, que celebra a trajetória da artista. Entre os destaques da mostra está uma seleção especial de fotografias que apresenta os principais personagens interpretados ao longo de seus 27 anos de carreira, iniciada em 1962, no espetáculo Antígone América, na Companhia de Ruth Escobar, em São Paulo.

“A exposição é muito interessante. Tem muita foto linda da TV, do cinema e do teatro. Conta a trajetória toda da minha mãe e um pouco da história também da família dela. E é muito bom porque está num espaço de educação, está na biblioteca da UNIRIO. Ela estaria muito feliz, porque ela era uma mulher muito conectada com a cultura, com a educação. Está muito bonita a exposição”, aplaude.

Dina Sfat - Retratos da Atriz também conta com os figurinos criados para a artista pela premiada figurinista, cenógrafa e carnavalesca Rosa Magalhães (1947-2024), usados no seu último trabalho no teatro, no espetáculo Irresistível Aventura, encenado em 1984 e 1985, no Rio, e em diversas cidades do País.

O diretor, pesquisador e professor Antônio Gilberto é quem assina a curadoria da exposição, que reúne com precisão histórica os registros da atriz no teatro, cinema e televisão. A extensa pesquisa envolveu a busca por imagens em acervos pessoais e institucionais, além de materiais cedidos por amigos e colegas da atriz.

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