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Bem-estar e Saúde / TEM CURA OU NÃO?

Especialista aborda luta de Padre Fábio de Melo e alerta: ‘Tratar a raiz do problema’

Em entrevista à CARAS Brasil, a psicoterapeuta Pollyana Esteves também explica quais são as alternativas de tratamento para o caso de Padre Fábio de Melo

Dra. Pollyanna Esteves
por Dra. Pollyanna Esteves

Publicado em 12/04/2025, às 18h53 - Atualizado em 14/04/2025, às 14h18

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Padre Fábio de Melo - Foto: Reprodução/Instagram
Padre Fábio de Melo - Foto: Reprodução/Instagram

Padre Fábio de Melo (54) confessou recentemente que teve uma recaída no quadro de depressão. O depoimento do religioso acabou reacendendo o debate sobre a natureza recorrente da doença e os limites dos tratamentos convencionais. Em entrevista à CARAS Brasil, a psicoterapeuta e nutricionista Pollyana Esteves, especialista no tratamento de transtornos depressivos, comenta as causas e alternativas terapêuticas para casos semelhantes a do pároco.

Segundo a especialista, essas recaídas não são incomuns e geralmente indicam que a raiz da doença não foi devidamente tratada. “Os remédios antidepressivos reduzem os sintomas negativos, mas não aumentam os sentimentos positivos. Além disso, o corpo se acostuma com o medicamento, o que pode levar a uma diminuição dos efeitos ou ao surgimento de efeitos colaterais”, explica.

“A depressão nunca desaparece totalmente, ela apenas fica ‘tampada’ por um tempo”, complementa Pollyana, pioneira no Brasil em terapias psicodélicas e microdosagem, além de ser criadora do método Neurofit – uma abordagem que combina psicoterapia e estratégias nutricionais no combate a compulsões e depressão. Ela também já atendeu pacientes fora do Brasil, incluindo a cantora britânica Adele.

A psicoterapeuta destaca que, em casos de depressão resistente a medicamentos, terapias alternativas podem ser mais eficazes, especialmente as que atuam na causa do problema. “Para uma remissão total da doença, é necessário tratar a raiz do problema, não apenas os sintomas. Não adianta diminuir a tristeza com um remédio se a pessoa não aprende a se sentir feliz ou a encontrar propósito”, afirma.

Entre as abordagens utilizadas por Pollyana, está a psicoterapia assistida por psicodélicos, que tem ganhado respaldo científico. “Já há comprovação científica de que a terapia psicodélica pode curar a depressão. Ela permite que o paciente acesse as verdadeiras causas da doença e as reverta, além de ter efeitos fisiológicos importantes. A psilocibina, por exemplo, age nos mesmos receptores da serotonina, ajudando o corpo a produzir o neurotransmissor de forma natural”, informa.

De acordo com a especialista, estudos recentes indicam que pacientes com depressão resistente relataram melhora significativa após sessões terapêuticas com substâncias como a psilocibina, quando aliadas a técnicas de integração emocional.

Pollyana defende um plano de tratamento estruturado e com duração definida. “Um tratamento completo, que dure entre três e cinco meses e combine psicoterapia psicodélica, sessões de integração e microdosagem, pode eliminar as causas da depressão e ensinar o paciente a lidar com suas emoções. Quando bem feito, esse tratamento pode garantir a cura sem necessidade de acompanhamento posterior”, finaliza.

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