Em entrevista à TV CARAS, o ator Rodrigo Santoro fala da emoção e nostalgia de participar do filme Arca de Noé, inspirado em canções de Vinicius de Moraes
Publicado em 18/11/2024, às 23h01 - Atualizado às 23h06
O filme Arca de Noé – inspirado em canções do poeta, escritor e compositor brasileiro Vinicius de Moraes (1913-1980) – estreou nos cinemas no dia 7 de novembro e conquistou o coração da criançada, e dos adultos também. A produção é feita em formato de animação e tem como protagonistas os atores Rodrigo Santoro (49) e Marcelo Adnet (43), que são representações do “poetinha” e do músico Tom Jobim (1927-1994), respectivamente. Em entrevista à TV CARAS, Santoro relembra a infância ao falar do novo projeto. "Reencontrando uma emoção vivida", diz.
Considerada como a maior animação brasileira já realizada, Arca de Noé tem direção de Sérgio Machado e Alois Di Leo. “É uma oportunidade de falar de coisas lindas como a amizade e da obra de Vinícius Moraes – que ultrapassa o tempo e está aqui sendo apresentada por uma nova geração. Por exemplo, a minha filha mais velha, a Nina, ela já conhecia, porque eu já tinha apresentado algumas músicas antes de ter recebido o convite para fazer a animação, mas é diferente. Quando comecei a ensaiar, já tocava um pouco de violão para ela (...)”, ressalta Santoro.
“Menininha (música) foi um momento muito emocionante, porque quando escutei, quando era criança, me lembro de como essa música mexia comigo. Eu não sabia exatamente por que, tinha alguma coisa que quando eu escutava, falava: Nossa, que doçura, que coisa bonita! E agora, tenho que cantar, inclusive, num tom acima do meu; tive que aprender a cantar essa música. Foi muito bonito estar com ela, mas num lugar diferente de quem está cantando, está tentando encontrar a voz para cantar essa música. Então, é muito especial, uma experiência diferenciada das outras”, continua o ator.
Resgatar a história da Arca de Noé para as novas gerações e para quem cresceu ouvindo o disco lançado em 1980 – considerado a materialização de um sonho antigo de seu criador, o poeta Vinícius de Moraes –, tem gostinho muito especial para Santoro. “É um encontro! Vou falar da minha experiência, estando com a minha filha no cinema. Ela está conhecendo a obra e eu estou revivendo a obra. Então a criança dentro de mim está reencontrando uma emoção que foi vivida no passado, está viajando no tempo, e ao mesmo tempo elaborando tudo isso como adulto”, salienta.
“E a criança está ali conhecendo uma obra fantástica, que está chegando até ela por meio de uma linguagem mais sintonizada com o mundo que a gente vive hoje. Os ritmos, os arranjos musicais (...) eles são pensados para os públicos infantil e juvenil dos dias de hoje. Mas, de repente entre uma cena e outra, você vai escutar um arranjozinho nostálgico, que vai te lembrar (...) Então, a gente contempla o público de forma geral”, emenda.
MAIS SOBRE A ANIMAÇÃO
O longa tem grandes astros do cinema e da TV no elenco de dubladores, além dos atores Rodrigo Santoro e Marcelo Adnet. São eles: Alice Braga, Lázaro Ramos, Bruno Gagliasso, Heloísa Périssé e Ingrid Guimarães - as duas últimas atrizes, inclusive, também colaboraram no roteiro.
A trama acompanha Tom, um guitarrista talentoso e pragmático, e Vini, um poeta romântico e sonhador. Juntos, eles formam uma dupla carismática e caótica de ratos. Quando o grande dilúvio se aproxima, apenas um macho e uma fêmea de cada espécie são permitidos na Arca de Noé. Ele consegue entrar, mas Vini fica para fora e conta com a ajuda de uma barata engenhosa e a boa sorte do destino para se juntar ao amigo.
Durante a viagem, brigas por território e alimentos se instauram, deixando os animais mais fortes contra os mais fracos. Surge a ideia de um concurso de música, que vira o maior objetivo de todos eles e que faz Tom e Vini, os verdadeiros músicos da arca, se destacarem e serem requisitados.
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