No ar na Globo com a reprise de Tieta, atriz deixou cidade grande para morar no interior de Minas Gerais e morreu em 2011, aos 83 anos
Publicado em 11/04/2025, às 07h00
A atriz Liana Duval, que está no ar na Globo como Rafa na reprise de Tieta(1989), morreu em 2011, aos 83 anos, após oito anos de luta contra câncer. Com mais de 50 filmes e novelas de sucesso na carreira, a atriz deixou a cidade grande e mudou para o interior de Minas Gerias, onde viveu por 10 anos antes de sua morte.
Maria de Lourdes Vasconcelos Antunes, seu nome de batismo, começou a carreira nos palcos paulistas, formada pela Escola de Arte Dramática. Sua trajetória no teatro incluiu passagens por montagens históricas como O Rei da Vela, Galileu Galilei e Gota d’Água, além de participações nos grupos Arena e Oficina, berços da renovação teatral brasileira.
Liana foi uma das atrizes que atravessaram os palcos e chegaram ao cinema nacional em sua fase mais popular, atuando em mais de 50 produções, inclusive ao lado de Amácio Mazzaropi (1912-1981). Seu rosto também marcou a televisão brasileira desde os anos 1960, passando por emissoras como TV Tupi, Manchete, Cultura e Globo.
Em Tieta, foi a zelosa Rafa, empregada fiel de Ascânio (Reginaldo Faria). Mais tarde, esteve em novelas como O Rei do Gado (1996), Torre de Babel (1998) e A Próxima Vítima (1995), além de programas infantis como Mundo da Lua (1991).
Além de sua forte presença na televisão e no teatro, Liana Duval também fez história no cinema nacional ao participar do primeiro filme brasileiro de temática espírita, Joelma, 23º andar (1979), baseado em um livro psicografado por Chico Xavier (1910-2002).
Embora seu nome não figure entre os protagonistas mais lembrados pelo grande público, Liana representa uma geração de atrizes que formaram a espinha dorsal da dramaturgia brasileira. Sua carreira, marcada por diversidade de papéis e experiências, é um retrato das transformações da TV e do cinema nacional ao longo das décadas.
Após décadas dedicadas ao teatro, cinema e televisão, a intérprete optou por uma vida mais silenciosa e reclusa: nos últimos dez anos de vida, deixou a agitação da cidade grande e se mudou para Carmo da Cachoeira, cidade com cerca de 11.500 habitantes no interior de Minas Gerais, onde morreu em 2011, aos 83 anos, vítima de um câncer contra o qual lutava havia quase uma década.
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