Em junho do ano passado, Klara Castanho publicou uma carta aberta após vazamento de informações pessoais
O caso envolvendo Klara Castanho (22) ganhou mais um capítulo nesta semana, quando o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) arquivou o processo de investigação da atriz, alegando que nenhum profissional divulgou informações sigilosas dela, enquanto paciente. A artista revelou, em junho de 2021, que foi vítima de um estupro, engravidou e decidiu entregar o bebê direto para adoção. Relembre a seguir os acontecimentos.
Em 25 de junho do ano passado, Castanho publicou uma carta aberta em seu perfil do Instagram contando ter sido estuprada enquanto estava fora de sua cidade, e que, após a violência sexual, engravidou e decidiu entregar o bebê para adoção. O relato da atriz foi feito após sua história ter sido divulgada na internet sem seu consentimento. "Minha história se tornar pública não foi um desejomeu", afirmou ela no texto.
No relato, ela afirmou que na consulta médica explicou que a gravidez era fruto de uma violência e que o médico não teve empatia nenhuma e ainda afirmou que ela deveria amar o feto. "Esse profissional me obrigou a ouvir o coração da criança, disse que 50% do DNA eram meus e que eu seria obrigada a amá-lo. Essa foi mais uma da série de violências que aconteceram comigo", continuou na carta divulgada em seu perfil.
Ela disse que entre a descoberta da gravidez e o parto se passaram poucos dias, e então neste período veio a decisão de entregar a criança para adoção, tudo com a ajuda de advogados e dentro da lei. Castanho relatou que, pouco tempo após o parto, uma das enfermeiras ameaçou vazar tudo o que tinha acontecido. "A enfermeira que estava na sala de cirurgia fez perguntas e ameaçou 'imagina se tal colunista descobre essa história'. Quando cheguei no quarto já havia mensagens do colunista."
"Como mulher, eu fui violentada primeiramente por um homem e, agora, sou reiteradamente violentada por tantas outras pessoas que me julgam. Ter que me pronunciar sobre um assunto tão íntimo e doloroso me faz ter que continuar vivendo essa angústia que carrego todos os dias. A verdade é dura, mas essa é a história real. Essa é a dor que me dilacera", continuou na carta aberta.
A atriz entrou na Justiça para processar os envolvidos no vazamento das informações pelos crimes de difamação, calúnia e injúria. Desde então, ela fez raras aparições nas redes sociais, sempre falando sobre estar unida a sua família e focando no trabalho e novas produções, como as séries Bom Dia, Verônica e De Volta aos 15.
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