Após cirurgia de emergência para conter uma hemorragia intracraniana, hospital divulgou novo boletim médico do presidente Lula; confira
Publicado em 11/12/2024, às 14h10
Nesta quarta-feira, 11, o Hospital Sírio-Libanês divulgou um boletim médico atualizado sobre o quadro de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O político procurou a unidade do hospital em Brasília e precisou ser transferido para a capital paulista para passar por uma cirurgia de emergência na última terça-feira, 10, para conter uma hemorragia intracraniana.
Segundo o boletim, Lula segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas tem apresentado boa evolução no pós-operatório imediato. “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanece internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, sob cuidados intensivos, para o tratamento da hemorragia intracraniana. Evoluiu bem no pós-operatório imediato, sem intercorrências”, informou o comunicado.
“Está lúcido, orientado, conversando e passou a noite bem. O presidente permanece ainda com dreno enquanto aguarda novos exames de rotina”, concluiu a nota.
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Na madrugada de terça-feira, 10, o presidente Lula precisou passar por uma craniotomia de emergência após ser diagnosticado com uma hemorragia intracraniana. O procedimento foi realizado no Hospital Sírio Libanês, localizado em São Paulo.
O neurologista Dr. Sérgio Jordy concedeu uma entrevista ao Portal LeoDias e explicou um pouco mais sobre o caso. "A hemorragia intracraniana é o sangramento dentro do crânio e pode ser dentro do cérebro ou fora do cérebro. Ele pode ocorrer devido a várias causas, sendo as mais comuns traumas ou lesões vasculares", começou ele.
Em seguida, o especialista explicou como é feita a craniotomia e afirmou que o procedimento apresenta riscos. "Craniotomia é a abertura cirúrgica da calota craniana e está indicada para exploração de lesões, assim como abertura de janela para drenagem e resolução do sangramento. Durante o procedimento, podem ocorrer novos sangramentos, infecções e lesões a outras estruturas. Após o procedimento, podem haver déficits temporários ou permanentes, por vezes necessitando de reabilitação".
Por fim, o médico também afirmou que o tempo de recuperação costuma ser longo. "Nas primeiras horas após a cirurgia, o paciente fica em terapia intensiva para observar a recuperação e controle de complicações, se mantendo monitorização completa, incluindo da pressão intracraniana. Em média, são sete dias de internação, recuperação em casa por seis semanas, três meses para atividades leves e até seis meses dependendo da complexidade", concluiu.