Em entrevista à CARAS Brasil, a dermatologista Laís Rios fala sobre detalhe que a influenciadora Poliana Rocha revelou nas redes sociais e faz alerta
Publicado em 13/04/2025, às 12h06
A influenciadora digital e jornalista Poliana Rocha (48) usou as redes sociais, na última terça-feira, 8, para revelar aos seus seguidores que buscou ajuda médica. Através dos stories, a mãe de Zé Felipe (26) contou que foi a neta Maria Flor (2) quem fez a descoberta e que, na sequência, decidiu procurar um dermatologista para averiguar o que poderia ser. Para entender melhor a situação, a CARAS Brasil conversou com a dermatologista Laís Rios, que explicou detalhes sobre a "pinta" que surgiu na mão da famosa.
“As ‘pintas’, ou nevos, são bastante comuns e, na maioria das vezes, são benignas. Elas aparecem quando há um acúmulo de melanócitos, células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à nossa pele. Esses nevos se apresentam em diferentes tipos: nevo comum, congênito, displasia e manchas senis ou melanoses solares”, explica, antes de detalhar cada um.
De acordo com a especialista, o nevo comum são aquelas pintinhas marrons, simétricas, que aparecem desde a infância ou adolescência. Já o nevo congênito está presente desde o nascimento. O nevo displásico tem uma aparência mais irregular e pode ter risco aumentado de virar câncer de pele. E as manchas senis ou melanoses solares aparecem com a idade ou com exposição ao sol ao longo dos anos.
Laís afirma que, geralmente, eles podem ser confundidos com outras lesões. “Pode acontecer de confundirem eles com queratoses seborreicas, que são lesões mais elevadas e ásperas, comuns com a idade; angiomas rubis, aquelas pequenas bolinhas vermelhas, geralmente inofensivas; e, ainda, com melanoma, que é um tipo de câncer de pele que pode parecer uma pinta, mas tem características específicas”, diz.
Contudo, a dermatologista analisa que nem toda pinta que surge na pele é motivo de preocupação, mas reforça que é essencial acompanhar. “O ideal é fazer um check-up anual da pele com um dermatologista, especialmente se você tem muitas pintas, pele clara, histórico de queimaduras solares ou casos de câncer de pele na família. Em geral, é sempre bom observar pintas novas que aparecem depois dos 30 anos, lesões que não cicatrizam, coçam, sangram ou múltiplas pintas com aspecto diferente das outras”, alerta.
Ela finaliza deixando uma técnica para avaliar as “pintinhas” que surgem na pele: a técnica do ABCDE, onde cada letra significa um ponto de atenção. “Assimetria: uma metade da pinta é diferente da outra. Bordas irregulares: contorno mal definido ou serrilhado. Cor: várias cores na mesma pinta (preto, marrom, vermelho, branco ou azul). Diâmetro: maior que 6 milímetro (do tamanho de uma borracha de lápis). Evolução: qualquer mudança recente, como alteração no crescimento, coceira, sangramento, alteração de cor ou formato”, conclui.
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