Psicóloga explica os principais desafios do luto, fase enfrentada por Alexandre Pires. O pai do cantor morreu aos 72 anos
Alexandre Pires(48), cancelou a agenda de shows após receber a notícia do falecimento de seu pai, João Pires do Nascimento, aos 72 anos, no último sábado (23). Em nota enviada à imprensa, a assessoria de imprensa do artista confirmou que ele vive um momento delicado e conta com o apoio de todos.
A causa da morte do patriarca dos Pires ainda não foi revelada. Nos últimos dias, no entanto, ele esteve internado no Hospital do Câncer de Barretos, no interior de São Paulo. Ele também deixou os filhos cantores, Fernando e João Junior Pires.
Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Larissa Fonseca explica que Alexandre e os irmão precisam de força e equilíbrio, já que o momento também exige um afastamento da vida pública para cuidar do emocional nesta fase de luto.
"Para alguém que é uma figura pública, a superação do luto pode exigir um equilíbrio delicado entre expressar seus sentimentos e a preservar a privacidade. Buscar suporte emocional, seja por meio da terapia, da espiritualidade ou do contato com pessoas próximas, é essencial nesse processo. Uma pessoa pública deveria ser respeitada como humana que necessita de certa introspecção, reclusão e ausência de julgamentos", diz.
De acordo com a especialista, o luto não vivido da forma adequada pode acarretar em sérios problemas para a saúde mental do paciente. Além disso, resultar em válvulas de escape contrárias capazes de gerar problemas ainda maiores.
"O luto não elaborado pode trazer sérios riscos à saúde mental, como crises ansiosas ou pânico, transtornos de ansiedade e depressão. Além desse adoecimento, também pode ser um momento delicado que poderia ser gatilho para uso de álcool e drogas como formas não saudáveis para lidar com perdas. Manifestações psicossomáticas, que são sintomas físicos em decorrência das dores emocionais, podemos citar problemas com o sono, dores crônicas e exaustão física e mental. É esperado um impacto na motivação e na capacidade de realizar atividades diárias, incluindo a criação artística", fala a psicóloga.
"Por isso, permitir-se viver o luto, respeitando-se, cada um tem o seu tempo, não é uma corrida de fases e a dor da perda pode ressurgir a cada nova perda. Lidar com momentos difíceis e não evitar o viver o sofrimento, intercalando com outros momentos como trabalhar por exemplo dentre outras distrações comuns da vida, auxiliam a evitar que essa dor se transforme em um peso e dificulte a continuidade da vida", conclui.
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