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Bem-estar e Saúde / Influenciador digital

Especialista explica diagnóstico do filho de Mari Maria: ‘Hereditário’

Mari Maria revelou que filho primogênito teve um diagnóstico recentemente. Especialista explica que é uma questão hereditária

Paulo Henrique Lima
por Paulo Henrique Lima
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Publicado em 20/10/2024, às 16h29 - Atualizado em 21/10/2024, às 00h25

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Maria Maria e seu filho mais velho, David, de quatro anos - Foto: Reprodução/Instagram
Maria Maria e seu filho mais velho, David, de quatro anos - Foto: Reprodução/Instagram

Mari Maria(31) revelou no segundo episódio de Mari e as Marias, reality show em que estrela na Dia TV, que seu primogênito, David, de quatro anos, foi diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Também mãe de Noah, de dois, ambos frutos do seu casamento com o empresário Rudy Rocha, a influenciadora conta que tem passado por mudanças na vida e que está estudando melhor sobre o tema.

Em entrevista à CARAS Brasil, Dra. Leninha Wagner, que é PhD em neurociências e possui formação em neuropsicologia, explica que a condição neurológica não tem cura e é hereditária, sendo herdada de pessoas próximas da família, podendo passar de gerações. 

"Sim, o TDAH tem uma forte base genética e hereditária. Estudos sugerem que o TDAH é um dos transtornos psiquiátricos com maior componente hereditário. A probabilidade de uma criança desenvolver TDAH aumenta significativamente se um dos pais ou outro parente próximo também for diagnosticado com o transtorno.
A explicação para essa hereditariedade está nas bases neurobiológicas e genéticas do TDAH", explica. 

No programa, Mari contou que também tem sintomas de TDAH desde a infância, como a falta de concentração em determinada tarefa, por exemplo. A criadora de conteúdo começou a notar que o filho apresenta alguns comportamentos como os que ela tinha na infância, o que a fez procurar ajuda de um especialista para entender melhor. 

"Pesquisas indicam que certas variações genéticas podem afetar o funcionamento de neurotransmissores como a dopamina e a norepinefrina, que são fundamentais para o controle da atenção, do comportamento e do autocontrole. Essas alterações são transmitidas de geração em geração, explicando por que o transtorno é comum em famílias.
No caso da Mari Maria, tanto ela quanto seu filho apresentaram os sintomas e foram diagnosticados. Isso ilustra como o componente genético pode influenciar o desenvolvimento do transtorno, e também como a conscientização dentro da família pode facilitar a busca por tratamento precoce, melhorando a qualidade de vida e o manejo dos sintomas em ambas as gerações. Quando mais precoce o diagnóstico mais promissor do prognóstico", ressalta a estrela de Mari e as Marias

De acordo com a especialista, o TDAH apresenta três principais grupos de sintomas, como desatenção, hiperatividade e impulsividade. No primeiro, a dificuldade em manter o foco em tarefas ou atividades, facilidade para se distrair e cometer erros por descuido são os mais frequentes. 

"Esquecer compromissos ou perder objetos com frequência. Pessoas com TDAH podem ter dificuldade em organizar tarefas, seguir instruções ou finalizar atividades", conta Wagner, que em seguida destaca a hiperatividade. 

"Agitação constante, dificuldade em permanecer sentadas e quietas, necessidade de estar sempre em movimento, falar excessivamente e dificuldade para realizar atividades de forma tranquila", afirma a profissional. "Na impulsividade, ações impulsivas, como interromper os outros, dificuldade em esperar pela sua vez, agir sem pensar nas consequências ou tomar decisões precipitadas. Isso pode afetar relacionamentos, desempenho acadêmico ou profissional", pontua. 

Qual o tratamento para o TDAH?

Leninha Wagner explica que para amenizar os sintomas é preciso praticar psicoeducação, psicoterapia e acompanhamento psicológico, mudanças no estilo de vida e em alguns casos é necessário o uso de medicação prescrita por um especialista. 

Os passos listados ajudam o paciente e a família no entendimento do TDAH, no desenvolvimento de habilidades de organização e gestão de tempo e controle emocional, no fortalecimento da autoestima e no manejo do estresse. Já os exercícios regulares e alimentação saudável ajudam no sono adequado, na redução da hiperatividade e na concentração. 

Quando o diagnóstico é feito? 

A neuropsicóloga diz que o diagnóstico ajuda na qualidade de vida. No entanto, nem sempre isso acontece, já que muitas pessoas só percebem que podem ser TDAH na fase adulta, normalmente com a percepção de sintomas em ambientes de trabalho. 

"O diagnóstico de TDAH pode ser feito em qualquer idade, mas é mais indicado que seja feito durante a infância, geralmente entre 6 e 12 anos, quando o comportamento da criança começa a ser comparado às expectativas escolares e sociais. Pais e professores geralmente são os primeiros a perceber dificuldades significativas de atenção, controle de impulsos ou hiperatividade.
No entanto, muitos casos só são diagnosticados na adolescência ou até na vida adulta. Isso ocorre porque, em algumas crianças, os sintomas podem ser mais sutis ou mascarados por estratégias de compensação."

"Na vida adulta, o diagnóstico é frequentemente motivado por dificuldades persistentes no ambiente de trabalho, nos estudos ou nas relações interpessoais, além de uma sensação constante de desorganização ou frustração.
O diagnóstico do TDAH é feito através de uma avaliação clínica detalhada", conclui.    

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