Em entrevista à CARAS Brasil, o pediatra Miguel Liberato explica como o frio pode impactar na saúde das crianças; ele destaca cuidados com colesterol
Publicado em 28/06/2024, às 12h05
Na última quinta-feira, 20, começou o inverno, com a aproximação de uma frente fria nesta época do ano, é necessário ficar atento aos cuidados com a saúde das crianças. Em entrevista à CARAS Brasil, o médico endocrinologista pediátrico Miguel Liberato, faz alerta sobre colesterol infantil durante o inverno: "Elevação dos níveis".
A dislipidemia, também conhecida como colesterol alto, é uma doença bastante comum no Brasil, mas o que muitas pessoas não sabem é que os altos níveis de gordura no sangue também afetam as crianças. Segundo o Dr. Miguel, os hábitos alimentares das crianças tendem a mudar com as baixas temperaturas.
"Com a chegada do inverno e, consequentemente, dos dias mais frios, nossa rotina e alimentação tendem a mudar, o que pode favorecer tanto o ganho de peso quanto à elevação dos níveis de colesterol. Durante esse período, acabamos ficando mais confinados em casa e costumamos mudar também nosso padrão alimentar, muitas vezes nos rendendo às delícias do inverno", avalia.
Por conta dessa mudança na alimentação, o pediatra reforça que muitas crianças podem acabar consumindo mais alimentos ricos em gordura e açúcar, o que contribui no aumento do colesterol infantil: "Com as temperaturas baixas, o organismo gasta mais energia para manter a temperatura corporal adequada, aumentando nossa necessidade energética".
Para evitar que as crianças tenham um aumento dos níveis de colesterol durante o inverno, o Dr. Miguel menciona a importância de atividades físicas e se atentar com a alimentação: "É valido ressaltar o consumo moderado de queijos, que são ricos em gordura, e, claro, manter a constância, na prática de atividades físicas".
O Dr. Miguel declara que o número de crianças e adolescentes com colesterol alto é expressivo. Ele esclarece que alguns já nascem com alteração enzimática que favorece o aumento do colesterol, mas uma rotina sedentária também aumenta o risco das crianças apresentarem dislipidemia.
"A alteração de colesterol em crianças vem aumentando substancialmente, estando relacionada ao estilo de vida mais sedentário, aumento da obesidade e erros alimentares. Além disso, temos que ficar atentos às condições que também levam à elevação do colesterol, como problemas nos rins e no fígado e até mesmo hipotireoidismo e uso de medicações como corticoide".
"A atividade física deve ser estimulada nesses pacientes. Não há contra indicação à atividade física. Pelo contrário, ela é dos importantes pilares do controle do colesterol [...] Em alguns casos, apenas a mudança na rotina e na alimentação da criança não são suficientes, sendo necessário muitas vezes a introdução de medicamentos específicos. A indicação de medicação é feita com orientação de um especialista", finaliza Miguel Liberato.
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