Em entrevista à CARAS Brasil, o reumatologista Fabio Jennings explica os efeitos do frio extremo para pacientes com doenças reumáticas
Publicado em 18/06/2024, às 09h50
Com a aproximação de uma frente fria no início do Inverno, é comum se preocupar com as dores nas articulações. Em entrevista à CARAS Brasil, o médico reumatologista Fabio Jennings explica como o frio pode interferir em pacientes que possuem doenças reumáticas.
"Geralmente os pacientes relatam piora das dores articulares [em relação ao frio]", começa o especialista. "Não significa que o frio cause a doença, mas as baixas temperaturas determinam uma constrição (estreitamento) dos vasos sanguíneos superficiais reduzindo a circulação e oferta de oxigênio para as articulações."
Jennings explica que o estreitamento dos vasos sanguíneos levam à piora do quadro de dor que o paciente possa estar sentindo, porém, explica que o fenômeno é reversível. "Esse fenômeno, associado ao estímulo de fibras nervosas sensíveis ao frio, levam à piora do quadro doloroso, que é reversível ao se reaquecer o corpo."
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O especialista ainda explica que, pessoas que possuem doenças reumáticas, especialmente as autoimunes ou inflamatórias, não devem se expor a condições climáticas extremas sem proteção, e também são aconselhadas a evitar mudanças bruscas de temperatura.
"Caso ocorra o frio, a pessoa deve se proteger com agasalhos térmicos e não se expor à água fria além de manter-se hidratado. No calor, evitar a exposição direta à luz solar, usar filtros solares apropriados e evitar a desidratação", explica o médico.
Além disso, Jennings também afirma que é importante que os pacientes continue seguindo seu tratamento, independente das mudanças de temperatura. "Recomenda-se que o paciente mantenha sua rotina de acompanhamento médico, siga corretamente a prescrição dos medicamentos e entre em contato com o serviço médico em caso de piora dos sintomas da doença."
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