Luiza Brunet desabafa ao relembrar uma ligação importante que recebeu de Gloria Maria: 'Se prepare que vai ser difícil, né?'
A modelo Luiza Brunet relembrou uma ligação que recebeu da amiga e jornalista Gloria Maria em um momento difícil de sua vida. Quando ela foi vítima de violência doméstica, a top model contou com o apoio da amiga, que ligou para ela.
“Quando eu resolvi fazer a denúncia, ela ligou para mim e falou assim: 'eu estou muito orgulhosa de você, você é uma mulher corajosa. Se prepare que vai ser difícil, né?'. Ela foi muito maravilhosa, não só ela, mas outras também, mas ela foi a primeira que pegou o telefone e ligou para mim para me dar apoio. Isso foi muito importante. Sem apoio a gente não faz nada”, disse ela em entrevista na revista Veja.
Luiza Brunet esteve presente no velório do corpo de Gloria Maria no Rio de Janeiro e falou com a importante sobre a despedida da amiga. “A Glória Maria era uma mulher super representativa, uma amiga querida, e a gente não entende a morte quando ela chega, principalmente quando é uma pessoa que o Brasil ama. E o que a gente viu ontem e hoje foi o amor que os brasileiros têm pela Gloia Maria e o meu amor por ela é grande também”, disse ela.
E completou: "Ela sempre foi muito querida, uma mulher que nos inspira a todo momento. Vou lembrar sempre dessa mulher inspiradora, engraçada, divertida, uma mulher atemporal, única, que começou todo movimento naturalmente. É uma mulher que tem uma força incrível e que vai servir como inspiração para muitas e muitas mulheres que virão. Vou sentir muita falta. A Glória é a mulher mais engraçada e doce que já conheci. Ela demonstrava isso perante às câmeras, mas fora ela era mais engraçada e mais maravilhosa ainda. Uma mulher extraordinária".
Recentemente, Luiza Brunet conversou com a revista CARAS sobre a sua superação após ser vítima de violência doméstica. “Comecei a pensar se o problema era eu. Não! Sempre cuidei da minha vida, sou a Luiza Brunet! Como deixo acontecer isso comigo? Não poderia deixar de lutar! Acredito que nenhuma mulher seja isenta, a violência doméstica é democrática”, afirma ela, ao falar sobre a agressão que sofreu do ex-companheiro, em 2016.
Na busca por justiça, Luiza enfrentou críticas, julgamentos e precisou lidar com sequelas, mas não recuou e, desde então, transformou a dor em voz. Uma voz que luta pelos direitos e pela dignidade das mulheres. “A vida me deu um momento de sofrimento absurdo, de muita exposição, foi terrível, mas ao mesmo tempo consegui fazer desse episódio algo frutífero e do qual me orgulho. Não tenho vergonha de falar que apanhei aos 54 anos, porque isso me motivou muito a lutar por outras mulheres”, confessa ela, durante ensaio exclusivo para CARAS, em São Paulo.