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Atualidades / VENDA DE BOLO

Influencer financeiro faz alerta após polêmica de Maíra Cardi: 'Criança dinheirista'

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, explica como se deve falar de dinheiro com as crianças após polêmica de Maíra Cardi, em entrevista à CARAS Brasil

Thaíse Ramos
por Thaíse Ramos

Publicado em 08/07/2024, às 22h56 - Atualizado em 09/07/2024, às 12h01

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Maíra Cardi e a filha Sophia, do antigo casamento com Arthur Aguiar - Reprodução/Instagram
Maíra Cardi e a filha Sophia, do antigo casamento com Arthur Aguiar - Reprodução/Instagram

Maíra Cardi (40) contou que a filha Sophia (5), fruto do antigo relacionamento com o ator, cantor e campeão do BBB 22 Arthur Aguiar (35), vai vender bolos em seu condomínio para aprender a "fazer dinheiro". A coach de emagrecimento disse, no último sábado, 6, que a ideia surgiu do marido, Thiago Nigro (33), depois da herdeira viralizar ao dizer que o cozinheiro da família tinha um "celular de pobre".

O assunto gerou curiosidade e a CARAS Brasil, então, conversou com Thiago Godoy, o famoso Papai Financeiro das redes sociais, que explica pontos positivos da decisão do casal - que funcionam também para qualquer família -, dá sugestões importantes e ainda faz alerta sobre "criança dinheirista".

A empresária e ex-BBB explicou que o marido fez um acordo com a enteada: ela pegará o dinheiro que ganhou para fazer bolos, vendê-los e multiplicar a grana inicial. "Thiago faz umas brincadeiras de merecimento de trabalho com a Sophia. Eles fizeram um acordo, ela ganhou um dinheiro e, agora, eles vão no mercado comprar os ingredientes para fazer bolo e ele ensiná-la a vender e fazer dinheiro. Amanhã ela vai vender aqui no condomínio os bolos saudáveis que ela vai fazer", explicou.

Thiago Godoy, que tem usado a educação financeira como foco de debates na internet, para diferentes públicos, há mais de 10 anos, destaca alguns pontos na hora de falar de educação financeira com as crianças. Para ele, existem os positivos, como o aprendizado prático e a responsabilidade e empreendedorismo.

Segundo o especialista, ao envolver a criança em atividades de venda, ela aprende na prática sobre o valor do trabalho e do dinheiro. E isso pode ser uma lição valiosa que muitas delas não têm a oportunidade de vivenciar. Ele ressalta ainda que ensinar a criança a fazer e vender bolos, como no caso de Sophia, pode incentivar o espírito empreendedor e mostrar a importância da responsabilidade financeira desde cedo.

“Quando envolve a criança em atividades de venda, na prática, ela está aprendendo sobre o valor do trabalho e sobre o valor do dinheiro. E isso pode ser uma lição muito valiosa para uma criança. Muitas não têm a oportunidade de vivenciar isso. Então, esse aprendizado prático é muito importante. Ensinar a criança a fazer um bolo é legal, mas sempre utilizando elementos lúdicos. Tem que ser dinâmico, no mundo da imaginação, que é o que a criança vive, porque dinheiro é muito concreto, a vida financeira é uma coisa muito concreta, a gente tem que trazer de forma imaginativa e não racional, como nós adultos queremos fazer”, diz.

“E isso tudo também mostra a importância da responsabilidade financeira desde cedo. Uma outra coisa, é ela também trazer a questão do respeito e da empatia”, emenda Godoy, que relembra o caso do “celular de pobre”. “Ela (Maíra) encontrou uma forma de corrigir o comportamento, para ensinar respeito, empatia, demonstrando que todos os trabalhos são dignos, que todos os trabalhos são importantes”, completa ele, salientando que ensinar sobre finanças deve ser balanceado com a idade da criança e suas capacidades. “Atividades muito complexas ou exigentes podem causar frustração e desinteresse”, afirma.

Godoy explica que a criança tem que entender o valor do trabalho e o valor do dinheiro de uma forma genuína: “A criança precisa ter uma noção legal de trabalho para não transformá-la em uma criança dinheirista. O que quero dizer com isso? Uma criança que fica focada demais na questão do dinheiro”.

Para finalizar, o influencer financeiro orienta que não deve associar as responsabilidades da criança dentro de casa com o dinheiro. “Não estou falando deste caso (Maíra Cardi), mas já vi muitas famílias oferecem recompensas financeiras para a criança cumprir tarefas que são esperadas dela como membro da família. Por exemplo, tirar uma nota boa na escola, limpar o quarto e mantê-lo arrumado, não brigar com os irmãos (...) São coisas que a gente espera uma criança comum fazer dentro da responsabilidade dela, e não ela ser remunerada financeiramente; ganhar três reais porque não brigou com o irmão. Então, tem que ter muito cuidado”, alerta.