Em entrevista à CARAS Brasil, a modelo e apresentadora Fabiana Saba explica a decisão de retornar aos seus projetos e abre relação com as filhas
Prestes a completar 47 anos, Fabiana Saba encontrou na maternidade uma nova fase. Mãe de Victoria (16) e Rebecca (13), a ex-modelo e apresentadora decidiu voltar a trabalhar e, com o apoio da família, encontrou um propósito apenas seu.
Ao lado de Tatiana Abraços (46), sua melhor amiga, ela comanda o programa WhatzUpp New York, que vai ao ar no Instagram, com dicas sobre a cidade estadunidense. Além disso, ela revela ter planos de voltar à TV brasileira —em um programa de temporadas, para que ela não precise mudar de país.
"Dediquei o começo da maternidade inteiramente às meninas. Tive esse privilégio, graças a Deus", diz. Com as filhas adolescentes, ela conta que, ao lado do marido, Ralph Sutton, acabou se sentindo perdida. A partir daí, surgiu a vontade de retomar projetos profissionais. "Me deu vontade de ter um propósito meu, às vezes na maternidade esquecemos de fazer uma coisa só para você."
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Apesar do recomeço estar acontecendo agora, Saba diz que já havia tentado tocar outros projetos antes, mas acabava não dando continuidade. Foi com o diagnóstico do TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) que ela passou a entender seus pensamentos e organizar seus objetivos.
Além disso, a apresentadora diz que Victoria e Rebecca dão total apoio a sua carreira. Segundo Saba, as jovens sentem orgulho da mãe e também a ajudam com diversas dicas —desde roupas e maquiagens, até aos vídeos ao lado da amiga.
Saba assegura que, após tantos anos de trabalho, aprendeu a enxergar a importância de sempre recomeçar. "Trabalho desde os 13, e, mesmo no meio tempo que eu fiquei sem, sempre recomecei. Fiz faculdade, não tinha feito nem colegial no Brasil, trabalhei de voluntária, fui atrás de projetos… nunca tenham medo de recomeçar e ir atrás, independente de idade e de tudo."
Abaixo, Fabiana Saba conta mais detalhes sobre o programa WhatzUpp New York, recorda sua carreira como modelo e o diagnóstico de TDAH e ainda explica se voltaria a morar no Brasil. Confira trechos editados da conversa.
Qual o sentimento ao ver suas filhas já na adolescência?
Eu vejo foto delas pequenas e choro [risos]. Independente de quanto tempo a gente consegue dar para o filho, a gente olha para trás e queria ter feito diferente. Mas, ao mesmo tempo, eu fico feliz em ver as mulheres que elas estão se tornando.
Como surgiu a ideia do WhatzUpp New York?
Nós sempre saímos juntas por Nova York, e então, o Instagram lançou vídeos de 15 segundos. Começamos a fazer os vídeos e adorávamos, porque passeávamos e fazíamos os conteúdos. Mas, ela se mudou para Carolina do Sul e acabamos deixando para lá esse projeto. Agora, esse ano, eu estava com vontade de fazer as coisas que eu sempre gostei e me perguntaram qual projeto eu gostaria de fazer. Lembrei que gostava de fazer os vídeos com a Tati. Liguei para ela e voltamos a filmar! Ela vem todo mês aqui para Nova York.
Como tem sido a recepção do público com o programa?
É bem legal [a recepção]. Estamos começando aos pouquinhos, mas achamos que as pessoas estão gostando e temos um bom feedback. Não temos roteiro do que vamos falar, a gente se diverte gravando. Por enquanto queremos que as pessoas se divirtam junto com a gente.
Como você se sentiu quando recebeu o diagnóstico de TDAH?
Quando eu recebi o diagnóstico tive muitos conflitos e sentimentos dentro de mim. Pensava como poderia ter sido diferente se eu soubesse antes, e já fizesse o tratamento. Foi passando um filme na minha cabeça, até chegar o momento que eu percebi que estava no comando.
Você começou a trabalhar como modelo aos 13 anos. Hoje você vê alguma mudança no mercado?
Na minha época, víamos meninas de 25 anos sem trabalhar como modelo porque já eram consideradas velhas. Em 19 anos fiz uma campanha anti-rugas, porque as mais velhas não trabalhavam. Hoje, eu tenho visto a volta das modelos da minha época e fico encantada que existe um mercado para nós mulheres ‘quarentonas’. A moda melhorou muito nisso.
Você tem vontade de voltar a trabalhar como modelo?
Sim, mas não o tempo todo. Gosto mesmo de TV. Faria um desfile, algumas fotos. Eu adoro, mas o que eu amo mesmo é uma câmera. Sabe aquela criança que sempre foi aparecida? [risos].
Você viria para o Brasil para trabalhar em um programa de TV?
Sinto bastante falta do Brasil, não me vejo morando 100% aí porque minhas filhas foram criadas aqui e meu marido é daqui. A gente acaba ficando onde a família está. Mas, eu tenho muita vontade de voltar a fazer programas de TV, porém, a maior parte das oportunidades tinha a ver comigo voltar a morar no Brasil, então não deu certo.
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