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Alexandre Barillari, de Alma Gêmea, revela receber cantadas impróprias nas redes: 'Inevitável'

Em entrevista à CARAS Brasil, Alexandre Barillari, no ar em Alma Gêmea, revela que recebe cantadas nas redes sociais; algumas divertidas e outras, inarráveis

Thaíse Ramos
por Thaíse Ramos

Publicado em 05/10/2024, às 10h00

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Alexandre Barillari está no ar na nova reprise de Alma Gêmea - Reprodução/Instagram
Alexandre Barillari está no ar na nova reprise de Alma Gêmea - Reprodução/Instagram

No ar na nova reprise de Alma Gêmea (2005), no Vale a Pena Ver de Novo da TV Globo, e na expectativa para a estreia do filme Juntos para Sempre, baseado no livro homônimo de Walcyr Carrasco (72), com previsão para 2015, o ator Alexandre Barillari (50) relembra com carinho seu primeiro papel em novelas. Em entrevista à CARAS Brasil, o artista ainda fala, entre outras coisas, sobre cantadas que costuma receber nas redes sociais. Muitas delas, impróprias, mas releva: "Inevitável".

Inicialmente, Barillari reforça o sucesso de Alma Gêmea, também escrita por Carrasco. “Sobre o novo sucesso de Alma Gêmea, vinte e tantos anos depois da primeira exibição, o que mais me comove, me surpreende e me alegra é porque, pela primeira vez na história da dramaturgia brasileira, na história do Vale a Pena Ver de Novo, uma novela das seis é reprisada quase no mesmo horário, ou seja, no fim da tarde. Isso faz com que eu receba mensagens do tipo: ‘Como me lembro, agora, do cheiro do bolo fumegando na casa da minha avó, quando eu voltava da escola para lanchar e me reunia com a família em frente à televisão para assistir Alma Gêmea”, conta o ator.

“Essas lembranças são muito específicas agora, porque o fim da tarde promove essa revisita à casa da avó, as famílias reunidas naquela época. Hoje é uma cena tão diferente. E eu adoro receber esse tipo de relato, esse tipo de feedback me emociona muito porque eu também tenho as minhas lembranças de tantas pessoas que já se foram nessas décadas que se passaram”, emenda.

Barillari começou a carreira no teatro e fez suas primeiras aparições na TV nos anos 1990. O primeiro papel em novelas foi em Salsa e Merengue (1996), escrita por Miguel Falabella (67) e Maria Carmem Barbosa (76), com colaboração de Jane Santos. E ele atuou em várias outras tramas, como Chocolate com Pimenta (2003), até despontar como o vilão Guto.

“Tenho muito carinho pelo o Antônio (seu personagem) de Salsa Merengue. Hoje, recebo as coisas – as pessoas resgatam não sei de onde – imagens, cenas, coisas que eu nem tinha revisto, e me mandam nas redes sociais; eu adoro. Hoje, assim, do alto – digamos da crítica ou de mais recursos que a gente vai acumulando ao longo da vida e da experiência – vejo o menino, o ator, o menino jovem, ainda com menos recursos, mas com um brilho imenso no olhar, um desejo de acertar, muita vocação e muita verdade. Acho que mesmo que você não tenha recurso algum, com a verdade você está sempre bem amparado, e isso me alegra”, destaca.

“Fora que a novela era muito solar, né? Desses casos em que tudo é de uma grande alegria – desde a trilha, a minha família na novela (...) Eu fazia o filho da Arlete Salles, e era um personagem curiosíssimo. Não entendo por que a novela nunca foi reprisada, porque é muito interessante o enredo e a abordagem da novela; imagina! E o Miguel trata esse subúrbio com um conhecimento de causa e um humor – e ao mesmo tempo trágico dentro desse humor, como a gente sabe que ele faz lindamente, com muita propriedade. Volta e meia me contam: ‘Ah, a Salsa e Merengue vai para o catálogo do Globoplay e tal’. Adoraria que fosse, para poder rever o início dessa ponta da vida”, continua o artista.

O ator ainda manifesta o prazer de fazer novelas. "Adoro fazer novela! Por uma razão muito simples: se eu erro hoje, posso acertar amanhã. A novela tem esse tempo de digestão, da gente se observar. É muito difícil, é um trabalho muito difícil para nascer pronto. Ainda que Hamlet diga estar pronto é tudo, por mais que a gente estude, é sempre um desafio, é sempre uma tela em branco, é sempre uma folha em branco, onde a gente vai ter que desenhar uma nova fileira de DNA para uma nova pessoa. E eu sempre psicologizo muito as coisas de maneira que nada, para mim, é tão simples", reforça.

Alexandre Barillari, de Alma Gêmea, revela receber cantadas impróprias nas redes: 'Inevitável'
"Adoro fazer novela!", declara o ator Alexandre Barillari, o Guto de Alma Gêmea - Reprodução/Instagram

'A GENTE NEM SEMPRE ACERTA'

O ator também abre o jogo: não gosta de se assistir na TV. "Ainda que, eventualmente, o Guto eu assista muito, porque as pessoas me mandam muitas coisas nas redes sociais, e repostam, marcam e tal, de maneira que eu estou sempre acompanhando. E, por acaso, é um acerto. A gente nem sempre acerta. Às vezes, são fracassos retumbantes, são escolhas erradas, mas faz parte do processo de construção do personagem. E também dessa engrenagem da qual eu falo sempre, né? A gente nunca está sozinho. Então, é preciso que toda a engrenagem funcione", avalia.

"E são panoramas distintos. Porque, às vezes, eu gosto do personagem de um grande fracasso; e às vezes, não gosto, eventualmente, de um personagem de um grande sucesso. Então, cada caso é um caso. Mas, em geral, por um excesso de crítica, enfim, e por me lembrar também de que o tempo passa, eu, às vezes, não gosto muito de me ver", admite Barillari.

REDES SOCIAIS

Alexandre Barillari costuma usar o Instagram para atualizar os fãs sobre seus trabalhos e compartilhar com eles alguns momentos pessoais, mas confessa que não é muito ativo na rede social. “Porque sou de outra época, sou do papel, do lápis, da borracha e do apontador. Não sou desse digital; de maneira que é preciso afinco para que eu tenha uma certa naturalidade com esse veículo. Ele é muito interessante; para mim, uma novidade muito grande. Mas como eu, em geral, tenho temas um pouco segmentados: como minha paixão por Shakespeare. Sempre digo: não sei ainda se Shakespeare tenha sido o mais popular de todos os tempos do mundo ocidental. Ele, não sei se é para todos ou de todos”, fala.

“Então, as minhas temáticas abordadas não são as dancinhas do TikTok. Não tenho vocação para isso, não tenho vocação para o banal. Olha, vou te dizer: não tenho vocação, mas eventualmente, nas praias do Nordeste, sinto que correspondo um pouco aos desejos dos meus seguidores, (postando) um rio, de sunga (...) Sinto que isso movimenta. Mas isso, de certo, não é o que eles veem o tempo todo. Então, procuro ter uma dosagem entre uma coisa e outra. É circunstancial que estando numa praia do Nordeste, eu não vá vestir uma gola rolê. Então, se estou ali, é isso que vão ver”, acrescenta o famoso.

CANTADAS

Por ser um homem bonito e charmoso, é inevitável não receber cantadas nas redes sociais. Barillari comenta sobre o assunto: “Sim, recebo muitas cantadas, muitas mensagens indizíveis. É a frase do Miguel Falabella: ‘Se as pessoas soubessem o que as outras fazem entre quatro paredes, ninguém cumprimentava ninguém’. E as quatro paredes das redes sociais são essas espessas, que o que acontece ali fica ali. Mas é inevitável. Essas manias sexuais são as razões pelas quais a humanidade foi feita. Estamos aqui por conta disso, de um pecado original que nos trouxe até aqui. Então, seria muito demagógico dizer que não, que não tem nada disso, pelo contrário. Algumas são divertidas, muito bem humoradas e quando não são, a gente releva e pede para que aprenda em algum tempo”.