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O Uruguai sob o olhar de Roberto Birindelli

Ele revisita litoral e destaca êxito alcançado no país onde nasceu com a exibição de Império

CARAS Digital Publicado em 11/12/2015, às 10h38 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Roberto Birindelli - Pablo Kreimbuhl
Roberto Birindelli - Pablo Kreimbuhl

Nascido no Uruguai, de onde saiu aos 15 anos, Roberto Birindelli (53) é sucesso agora nas telinhas do seu país, que desde julho exibe a trama Império, ganhadora este ano do Emmy Internacional de Melhor Novela. Intérprete do personagem Josué no folhetim, o ator sentiu a admiração dos conterrâneos pelo seu trabalho na viagem em que percorreu, além de Montevidéu, sua cidade natal, Punta del Este, La Paloma, La Pedrera e Cabo Polonio. “Nunca imaginei ter tanto reconhecimento aqui. A televisão tem uma grande força. Na Casapueblo, não podia dar dois passos. Devo ter tirado umas 200 fotos”, contou ele, referindo-­se à famosa obra arquitetônica do artista plástico Carlos Paéz Vilaró (1923–2014), que engloba museu, hotel e restaurante, em Punta Ballena, há 15km do centro de Punta del Este. Casado há cerca de dois anos com a publicitária Juliana Sarda (34), Birindelli não fez o tour com a amada. Sua  companhia foi o único filho, Carlo Longoni (16). “Ele já vinha pedindo uma viagem só nós dois. Carlo é parceiraço. Então, decidimos rapidamente o que queríamos visitar e fazer”, destacou o ator.

– Como é a relação com Carlo?
–Tenho a guarda compartilhada. Então, ele fica uma semana comigo, uma semana com a mãe. Mas mesmo quando não está comigo, o vejo. Somos muito próximos e acompanhei a evolução de seus medos, sonhos e dúvidas. Foi muito legal voltar com ele quase oito anos depois à Ca sapue blo. Sua ‘leitura’ do lugar foi outra. O momento e os anseios, também. 

– O que fizeram juntos?
– Além dos passeios de dia, saímos para caminhar de noite em várias cidades. Carlo sempre leva skate nas viagens, então também demos um ‘rolê’ pelas pistas. Em Punta, fomos bem recebidos no Mantra Resort. Como era semana anterior às provas dele, combinamos que teríamos dois períodos de estudo por dia. Bem tranquilo.

– Que costumes ainda mantém do tempo em que viveu aqui?
– Tomo muito mate, nunca deixei de fazer isso. Quando vou trabalhar, levo o mate e a garrafinha com água quente. Há certas prática que não abandonamos. Saí do Uruguai aos 15 anos, já tinha boa parte da personalidade formada. Foi um choque cultural quando cheguei com a família a Porto Alegre. Pior ainda foi, anos mais tarde, me mudar para o Rio. Uruguai e o Sul do Brasil têm culturas similares. Eu mantenho meu respeito pelo artesanal, o genuíno, algo que no Rio é diferente, tudo é mais industrializado, descartável. Inclusive as relações.

– Dos lugares que visitou nesta viagem, de qual mais gostou?
– Eu e Carlo ficamos emocionados com Cabo Polonio, um espaço natural, artístico, criativo.  Conhe ci o lugar nos anos 1980, mas não havia nada lá à época. Agora tem muitos jovens. Também gostei da costa de Rocha. La Paloma e La Pedrera são cidades lindas. E Punta del Este, claro. Desejaria vir mais vezes para cá.

– E trazer Juliana?
– Sim. Adoraria ir com ela a Montevidéu e caminhar na Cidade Velha, o Mercado do Porto. Quando visito uma cidade, gosto de ir a mercados populares, onde as pessoas circulam se relacionam de outra maneira.