Em entrevista exclusiva para a CARAS, Rafael Cortez comentou sobre o seu novo projeto musical e suas inspirações!
Rafael Cortezfoi a grande convidado desta quinta-feira, 15, para uma live exclusiva nos estúdios CARAS e, durante o bate-papo com Fabrício Pellegrino, o artista falou sobre os desafios encontrados na carreira, entre eles, as pessoas não o enxergarem como artista, só como comediante.
Rafael aproveitou para apresentar os seus maiores sucessos, usando referências de grandes cantores da MPB, ele revelou que foi rotulado como comediante e ao olhar o público, muitos pensaram que ele não podiam cantar. “Eu tinha uma grande dificuldade como artista, como ator e também como cantor. Eu me importava muito como as pessoas me olhavam e pensavam, e como elas deviam, com expectativas. Eu aprendi com o stand-up a bancar uma piada ruim. Nem sempre faço piada boa, então nem sempre o meu show é bom.”
Atualmente, Cortez está trabalhando na divulgação do seu novo projeto, o EP com 8 músicas, Naquele Tempo. Em nova fase artistica, Rafael irá se apresentar na Casa Natura, show que acontece em São Paulo, nesta sexta-feira, 15. Além das músicas autorais, ele irá apresentar covers como Chico Buarque, Simonal, Caetano Veloso e Rita Lee, Rafael interpreta suas faixas inéditas de canções que resgatam suas referências afetivas, duas delas tem a participação especial de Sabrina Parlatore.
O ator revelou que não é cantor mas que está interpretando as suas músicas, como muitos artistas. Durante a conversa, ele continuou abordando sobre o público presente nos seus shows. “Eu não faço show pra quem só gosta, eu faço pra quem não gosta. É um público diferente. Eu não estudo um canto para ser cantor, eu sou um cara que compõe e interpreta suas canções. Assim como Chico. Não estou me igualando ou comparando, eu estou falando minhas referencias em quem me inspiro.“, relatou.
Rafael sempre foi fã de música e costuma usar o seu tempo livre para compor e estudar. E aproveitou para relatar algo que não está presente na nossa cultura. Apesar de ser um brasileiro nato e amar o seu país, ele disse que os brasileiros precisam explorar mais esse conteúdo artístico. “Eu estava falando com a Manu Gavassi e ela é tudo. Ela é cantora, atriz, produtora, estilista, roteirista. Uma artista. E estávamos falando sobre as dificuldades. Escolas de artistas nos Estados Unidos, traz essa cultura. Um bom artistas nos Estados Unidos é aquele que sabe fazer de tudo um pouco. Assim como Maryl Streep, eles podem fazer isso. O brasileiro tem dificuldade em ver isso”, desabafou.
De forma alegre, ele motivou os telespectadores a sempre buscarem seus sonhos.“Eu sou a favor das pessoas buscarem e bancarem seus sonhos. Todo mundo tem o direito de sonhar.”
Já abordando as diferenças na sua carreira, principalmente na música, ele explicou que na música, sempre procura trazer assuntos otimistas, contrário da comédia. “A diferença da música para a comédia, é que eu gosto de ser otimistas e felizes. Na comédia, é a zoeira, é depreciação. Nem sempre é algo bom. Eu falo basicamente meus fracassos, relacionamentos amorosos”, brincou.
Rafael Cortez é violonista (com um CD demo, Solo, de 2005, e um profissional, Elegia da Alma, de 2011) e idealizador do Música Divertida Brasileira. Para ele, sua música é uma evolução natural - o novo disco também representa uma homenagem a grandes ídolos e ícones da música brasileira, como Wilson Simonal e Nara Leão.