Com experiência no teatro, TV e cinema, o ator agora enfrenta o desafio de viver seu primeiro personagem cômico
Pierre Baitelli nasceu em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, em 1983. Começou a fazer teatro com 8 anos, profissionalmente aos 16 e, com 25, ingressou no mundo dos musicais e da televisão. Agora, no ar em A Lei do Amor, da Globo, o ator interpreta o carismático Antonio, que está apaixonado por Ruth Raquel, personagem vivida pela atriz Titina Medeiros.
Na trama, o casal tem uma diferença de idade relevante, o que para Pierre, não é um problema. "Não é a primeira vez que esse tema é abordado em novelas, mas acho essencial. O amor não tem idade, raça, classe ou gênero. Preconceito com qualquer uma dessas coisas, hoje em dia, é um atraso, uma ignorância. Acho bonito ver que a paixão do Antônio pela Ruth Raquel seja verdadeira e tratada com leveza."
Apesar de brincalhão, o personagem do ator sofre secretamente com a ausência do pai em sua vida. "Ele tem uma melancolia por trás da graça e do jeito leve como ele lida com os acontecimentos. Acho que, nesse aspecto, me identifico um pouco com ele", conta o ator que está se dedicando ao seu primeiro papel cômico. "É um desafio. Nunca havia feito algo do gênero, mas está sendo muito divertido descobrir esse lado. A parceria com a Titina Medeiros tem facilitado bastante também!", afirma.
Aos 33 anos, Pierre analisa sua trajetória com otimismo. "Acho que tenho um reconhecimento maior pelo meu trabalhado no teatro e, aos poucos, estou descobrindo, sem pressa, meu espaço na TV. Tudo acontece na hora certa e quando tem acontecer.".
Quando questionado sobre onde mais gosta de atuar, o artista não mostra dúvidas sobre a resposta. "Teatro é a minha casa. Não tem comparação. No teatro, o processo é mais artesanal e te dá mais possibilidade de apurar o resultado final. Na televisão, o tempo é outro e não existe ensaio como no teatro. O resultado nem sempre me agrada, mas estou aprendendo a lidar com a rapidez que a TV pede e a desapegar da minha autocrítica e exigência ao assistir. Cinema é um território ainda desconhecido que quero muito desbravar. Minha única experiência, até agora, foi no filme Como Esquecer, de Malu de Martino." Seu personagem favorito na carreira até agora também veio do teatro, foi a transexual de Hedwig e o Centímetro Enfurecido, um musical que estreou aqui em 2011 e que rendeu ao ator o Prêmio Arte Qualidade Brasil, além de uma indicação ao prêmio SHELL.
Apesar da beleza e boa forma, Pierre afirma que não gosta do rótulo de galã. "Não gosto e nem acho que me encaixo nesse rótulo. Até entendo que imagem e beleza fazem parte desse trabalho, mas meu ofício é ser ator, não ser bonito. Meu desejo é que tivessem a visão de que eu, por exemplo, posso quebrar esse estereótipo e também fazer um cortador de cana com dente preto e a pele castigada de sol."
Pierre está solteiro, mas garante que seu foco agora é no trabalho. No tempo livre, o loiro prefere descansar. "Sou muito caseiro e gosto de programas mais tranquilos. Também gosto de cinema, teatro, estudar, ver meus amigos e minha família e viajar para o mato. Sempre que posso, é pro lá que eu vou.".